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Ser adolescente não pode ser crime no Brasil. Matar e roubar, sim!
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Em meio a tanta podridão e roubalheira, uma notícia boa ao menos: aumentaram as chances de se reduzir a maioridade penal no Brasil, uma demanda da maioria da população brasileira, e sem dúvida da imensa maioria da população ordeira e cumpridora das leis. Mas esse tema mexe com a turma dos “direitos humanos”, com os “intelectuais” de esquerda que enxergam marginais assassinos de 17 anos como crianças indefesas.

Uma revista adorada por tais “intelectuais” postou um texto mostrando entidades ligadas aos católicos e aos evangélicos contra a redução da maioridade. Ora, e quem não sabe que a CNBB já foi capturada pela esquerda faz tempo, e que hoje significa, na prática, Conferência Nacional dos Bispos Bolivarianos?

O fato é que as pesquisas de opinião apontam, sem margem para dúvidas, que a ampla maioria quer tal redução. Mas para o autor são massas manipuladas, nada mais. Claro: para a esquerda, todos que pensam precisam condenar a punição mais severa ao galalau de 16 anos que mata, mas já pode votar. E eis a pérola de imagem que ilustra o artigo:

Eu poderia jurar que ser adolescente no Brasil não é crime, tampouco será com a redução da maioridade penal. Até a última vez que chequei o código penal, ninguém pode ser preso ou punido só por ser adolescente. Agora, matar e roubar, isso não pode mesmo. Na idade que for!

Reparem na vigarice da campanha sensacionalista dessa gente. Eles associam automaticamente a redução da maioridade penal à criminalização da adolescência, como se a punição demandada não tivesse nada a ver com os atos praticados por essas pessoas. É uma desonestidade gritante, uma canalhice sem tamanho.

O Brasil é um país dotado de ferrenhos defensores dos “direitos humanos”, mas estes parecem ficar restritos ao lado errado, protegendo em demasia os marginais. Se membros criminosos do MST invadem uma propriedade privada, são vistos pelas autoridades como legítimos defensores da reforma agrária. Se um adolescente, capaz das maiores barbaridades imagináveis, comete latrocínio, acaba escoltado pelo ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), num absurdo incentivo à bandidagem desenfreada.

Se alguém foi terrorista comunista no passado, é premiado com indenizações milionárias. Se a polícia cumpre sua tarefa e prende perigosos bandidos, mas no calor do momento ultrapassa ligeiramente os limites da lei, tudo que o pessoal dos “direitos humanos” consegue é condenar o policial ou a polícia “fascista”. Não estão colaborando muito com o verdadeiro combate ao crime, invertendo os valores dessa forma.

Fora isso, nossa nação é mestre na cultura do “coitadinho”, julgando sempre com excesso de complacência os marginais. A culpa acaba recaindo sobre fatores exógenos, como a abstrata “sociedade” ou a miséria (uma ofensa aos pobres honestos, maioria). Raramente condenamos o verdadeiro culpado, o indivíduo. Achar que quem nasce na favela não tem como deixar de ser bandido é um despautério, uma falta de lógica total. Afinal, a maioria dos que ali moram é formada por pessoas de bem, honestas e lutando dignamente para sobreviver.

A marginalidade merece condenação individual, e é a impunidade que permite a proliferação da criminalidade. De nada adianta colocar a culpa na sociedade ou desarmar os inocentes. Na verdade, isso estimula ainda mais o crime, servindo como garantia de que não haverá chance de reação das vítimas. O que necessitamos urgentemente é da sensação de punição. O bandido pensará duas vezes antes de cometer o crime se as chances dele ser pego forem elevadas e se a punição sofrida for dura. O resto é apenas retórica para confortar românticos, que não querem encarar a realidade dos fatos.

O programa Tolerância Zero, adotado em Nova York, partia da teoria da “janela quebrada”, que diz que um pequeno delito impune é um convite para novos e mais graves crimes. A cidade precisa passar a imagem de ordem, império da lei e punição aos marginais. Até o pivete que assalta na rua precisa de uma punição exemplar, para criarmos esse ambiente contrário ao caos e à desordem, à anomia, que serve como solo fértil para outros crimes.

Portanto, não é de complacência com os “coitados” criminosos que estamos precisando. Não é de culpa em fatores exógenos e abstratos que precisamos. Não é da super proteção concedida aos bandidos, tratados como vítimas, que precisamos. Não é de mais leis no papel, como o Estatuto do Desarmamento, que precisamos. O que precisamos, para ontem, é de punição para aqueles que atormentam a vida pacífica dos cidadãos de bem.

Se querem fazer um apelo eficaz pela paz, façam um apelo pela punição dos bandidos, de todas as idades. Afinal, creio que eles entendem bem melhor a linguagem da força e da lei do que a das palavras bonitas dos “intelectuais” de esquerda.

Rodrigo Constantino

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