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S&P 500 em sua máxima histórica enquanto Ibovespa patina sem sair do lugar…
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O S&P 500, índice de ações das principais empresas americanas, bateu seu recorde e se encontra em seu patamar máximo histórico, perto de 2100 pontos. Sinal de que os investidores apostam na recuperação da economia, ou que há liquidez demais no sistema em busca de ativos, e resta alguma confiança em ativos reais como empresas. De uma forma ou de outra, a bolsa americana atingiu seu pico em termos nominais.

Enquanto isso, abaixo da linha do Equador, em certo país tropical… o Ibovespa patina sem sair do lugar, preso nos 50 mil pontos. Lembrando que o patamar nominal no caso brasileiro vale menos, pois temos uma inflação bem maior. Ou seja, os 50 mil pontos de hoje valem bem menos do que o mesmo patamar atingido há 5 anos. A inflação nesse período ultrapassa 30%. Quem investiu na bolsa aqui, perdeu.

Se usarmos esse indicador como um termômetro para avaliar o grau de confiança e otimismo dos investidores com as respectivas economias, então o Brasil vai muito mal mesmo. Comparando os dois índices na mesma moeda, o dólar, fica mais claro como nosso mercado de capitais vem sofrendo durante a gestão da presidente Dilma:

S&P 500 x EWZ (Ibovespa em US$). Fonte: Bloomberg S&P 500 x EWZ (Ibovespa em US$). Fonte: Bloomberg

O S&P 500 praticamente triplicou de valor em relação ao EWZ, o Ibovespa em dólares. Isso apenas durante o governo Dilma, que culpa uma suposta “crise internacional” por nossos graves problemas. Como fica claro, não há tal crise para os americanos. O Brasil virou um “patinho feio” nos mercados internacionais, e isso se deve basicamente às trapalhadas do próprio governo.

Terminado o ciclo de alta das commodities puxado pelo acelerado crescimento chinês, a maré baixou e ficou visível quem nadava nu. O Brasil era um deles. Os podres começaram a aparecer e o humor dos investidores não é o mesmo. Não há mais aquela benevolência ou mesmo negligência ao analisar nossos fundamentos. A feiúra ficou exposta.

Gostaria de concluir que isso é apenas uma fase e que a partir de agora tudo será melhor. Mas meu apreço pela verdade e meu realismo me impedem de “dourar a pílula”. O que vem por aí não é nada bom. Algo me diz que o Ibovespa continuará tendo um desempenho medíocre e inferior ao do S&P 500.

É triste, pois um país emergente como o Brasil tinha a obrigação de crescer mais e empolgar os investidores, atraindo seu capital. Em contrapartida, temos um Banco Central que precisa rever suas previsões sempre para baixo, como fez hoje mesmo, derrubando para 0,2% a estimativa de crescimento para 2014.

Nos Estados Unidos, quando o governo entrega resultados tão ruins, costuma ser punido nas urnas. No Brasil, pasmem!, as urnas eletrônicas decidiram dar mais quatro anos de mandato ao atual governo, responsável por essa desgraça econômica. É idolatrar demais o fracasso…

Rodrigo Constantino

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