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As lambanças elétricas do governo Dilma
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O modelo intervencionista do governo Dilma continua fazendo vítimas. Dessa vez, três dos cinco conselheiros da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) decidiram pedir demissão, provavelmente com receio de problemas judiciais decorrentes do enorme empréstimo que a entidade, sem ativos, tomará:

A decisão do desligamento ocorre um dia após a CCEE aprovar contratação de empréstimo para ajudar as distribuidorasa de energia. Na terça-feira, a CCEE informou que nove dos 13 bancos anunciados como possíveis participantes do empréstimo para ajudar as distribuidoras de enertgia no curto prazo vão integrar a operação, que pode chegar a R$ 11,2 bilhões. Também foi divulgado hoje que as distribuidoras precisam de R$ 4,7 bilhões para cobrir os gastos extras de fevereiro, quando houve a contratação de energia mais cara para suprir a demanda, também em alta por causa da onda de calor que assolou o país.

É uma trapalhada após a outra, todas resultado de uma mentalidade autoritária e intervencionista, representada com perfeição pela própria presidente Dilma. A redução na marra das tarifas elétricas foi anunciada com muita fanfarra e demagogia, e o preço do populismo começa a chegar.

O governo tenta culpar a falta de chuvas, mas isso é piada de mau gosto: trata-se de má gestão mesmo. Esse é um governo que acredita no poder clarividente do estado e despreza os sinais mais básicos do mercado, como os preços. O efeito disso é a falta de investimentos causada pelos preços represados e a insegurança jurídica, devido ao excesso de intervencionismo. A jornalista Míriam Leitão resumiu bem a coisa:

A crise energética não foi provocada pela pouca chuva desse verão. Ela foi resultado da imperícia e da má administração. Além de deixar monstrengos, como essa dívida tomada pela CCEE para fazer algo que não é sua função — socorrer as distribuidoras —, a crise está legando uma complicada herança para 2015. Quem estiver no governo terá que desatar esse nó cuja origem é o populismo eleitoreiro no setor elétrico.

O governo Dilma jogou muita porcaria para baixo do tapete, na esperança de que o lixo só venha à tona após as eleições. Mas o fedor já tem se espalhado pelo país desde agora. É possível sentir o cheiro das lambanças de longe. A cada dia surge uma nova evidência. Onde está aquela gerentona eficiente? O povo brasileiro está literalmente em estado de choque com tanta incompetência!

Rodrigo Constantino

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