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Barbeiragens energéticas: a solução é o mercado
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Em artigo publicado hoje no GLOBO, Adriano Pires fala sobre as barbeiragens energéticas que o governo vem fazendo, impondo elevado custo a todos nós. A principal causa desses equívocos está na falta de confiança nos mecanismos de mercado. Diz ele:

A condução da política energética brasileira nos últimos quatro anos tem sido caracterizada por uma série de barbeiragens governamentais. A causa principal é que o governo insiste em desafiar as leis de mercado, através de resoluções das agências reguladoras, de decretos presidenciais e de leis aprovadas no Congresso. No fundo, o governo acha que tem o poder de revogar a lei da oferta e da procura e não entende que essa lei representa para a economia o mesmo que a lei da gravidade para a física. Ou seja, ambas são irrevogáveis. Como os acidentes têm sido graves a maioria das vitimas está no CTI, mas, dependendo do tratamento e da medicação, todas têm chance de sobreviver.

A principal vitima das barbeiragens é a Petrobras. A estatal não está conseguindo resistir à política do governo de utilizá-la como instrumento de política econômica e de política industrial. Para conter a inflação, o governo não reajusta os preços da gasolina e do diesel, isso reduz drasticamente o caixa da empresa, que é obrigada a se endividar de uma forma assustadora. Hoje, a dívida da Petrobras, de R$ 230 bilhões, é a maior do mundo quando comparada a qualquer outra empresa não só do setor de petróleo, como de outros setores da economia.

Parabéns! A diretoria da Petrobras e o governo Dilma merecem efusivos aplausos por terem levado a empresa estatal a bater, finalmente, um recorde mundial: o tamanho da dívida. É a única rubrica no balanço da empresa que sobe sem parar. Produção? Caiu. Lucro por ação? Despencou. Valor de mercado? Desabou. Dívida? Cresce exponencialmente…

Para não acusarem Adriano Pires de só criticar, sem apontar as soluções (pensei que quando se apontava o problema isso já fosse uma proposta de solução), ele oferece o plano de medidas necessárias:

Qual o tratamento? Deixar de utilizar as empresas estatais como instrumento de politica econômica e industrial e como meio de ganhar as eleições através de um deliberado populismo. Acabar com a política de desoneração da gasolina e do diesel e de subsídios do Tesouro à energia elétrica. Recompor a gestão das estatais através de um plano estratégico de redução de custos e venda de ativos. O remédio existe e é fácil de encontrar no mercado.

Eu resumiria da seguinte forma: a medida urgente de curto prazo é tirar o PT do governo; e a solução de longo prazo é mesmo privatizar, justamente para evitar esse risco de captura das estatais por um governo populista e incompetente. Os mecanismos de mercado funcionam…

Rodrigo Constantino

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