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Gilberto Carvalho acha “justo” ditadura cubana reter salário dos médicos. Ou: O povo sou eu!
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O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) disse, nesta quarta-feira (28), que considera “justo” que o povo cubano fique com parte da verba desembolsada pelo Brasil para a vinda de médicos cubanos.

“Cuba investiu muito nesses médicos, Cuba fez uma prioridade para a saúde. Nós entendemos que é justo que o povo cubano, que [se] sacrificou pela formação desses médicos, tenha também a possibilidade de auferir dos rendimentos que esses médicos têm hoje no país”, afirmou o ministro.

Isso me remete automaticamente ao filme Formiginhaz, que tem a voz de Woody Allen no herói, uma formiga comum que acaba salvando a colônia. O vilão é o líder dos grandes soldados, que concentra cada vez mais poder. Em uma das últimas cenas do filme, antes de despencar em um buraco, o formigão grita, justificando sua postura tirânica: “EU sou a colônia!”

Eis o resumo sucinto de todo líder comunista: ele se julga o próprio povo! Não faz distinção entre as coisas coisas. Povo e ditador, ditador e povo, tudo uma só entidade. Os interesses do povo (ou nação, classe, raça, gênero) se confundem com seus próprios interesses.

Por isso Gilbertinho disse o que disse. Ele pensa como um “bom” soldado comunista. É justo para o “povo” cubano, que se sacrificou pela formação desses médicos (essa parte é verdade – só que um sacrifício imposto), auferir parte dos rendimentos. O povo, no caso, é a ditadura, o senhor feudal de Cuba, o proprietário de 11 milhões de escravos.

Posso visualizar a cena em minha mente: Gilbertinho, o fiel escudeiro de Lula, o soldado da causa petista, vendo o “ex-chefe” desabando de um penhasco enquanto grita: “O povo brasileiro caiu! Derrubaram o povo!”

O povo brasileiro, hoje, não tem mais barba; só bigode. Além de nove dedos e língua presa. Quem somos nós para condenar um negócio voluntário entre o povo brasileiro e o povo cubano?

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