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O oposto do black bloc
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Fonte: Veja

A VejaRio dessa semana trouxe uma reportagem bem legal sobre o Partido NOVO, cujas ideias tenho endossado. Fui inclusive citado na matéria de Felipe Carneiro, e fico feliz ao ver que, cada vez mais, o projeto se assume abertamente como liberal. Eis um trecho:

Em tese, um partido formado em torno de uma sólida doutrina, que rechace o fisiologismo ou o oportunismo das siglas de aluguel, é, independentemente da inclinação ideológica, uma iniciativa salutar. Essa não é, no entanto, a única particularidade que chama atenção na nova agremiação, gerada num país onde os políticos não gostam de ter seu nome associado ao liberalismo e no qual iniciativas bem-sucedidas nesse sentido, como a privatização das telefônicas, costumam ser demonizadas no debate público. Outro fator de destaque é o engajamento dos jovens pela causa. Apesar de seu principal mentor ser o engenheiro João Dionísio Amoêdo, um executivo de 50 anos que atualmente é conselheiro de um banco e de uma empreiteira, o Partido Novo vem atraindo em larga escala simpatizantes na faixa entre 25 e 35 anos, uma turma que não se sente representada por nenhuma das 39 organizações do quadro brasileiro. “Fico muito entusiasmado quando vejo rostos tão novos nas reuniões. Nosso projeto é de longo prazo, e são eles que vão levar nossas ideias ao poder”, diz Amoêdo. 

Nesse longo caminho com o objetivo de ocupar cadeiras em assembleias ou funções-chave no Executivo, a ala mais noviça tem exercido papel fundamental dentro da agremiação. Cabe a ela divulgar a filosofia liberal nas redes sociais, que vêm se mostrando uma poderosa fonte de cooptação de simpatizantes. Eles estão sempre em maioria também nas reuniões semanais realizadas no diretório carioca, provisoriamente instalado em uma sala na Avenida Afrânio de Melo Franco. Outro papel destinado aos jovens integrantes do partido é a organização das palestras mensais, ministradas por economistas adeptos da causa, mas não necessariamente membros do partido, caso de Elena Landau, ligada ao PSDB, e Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal. 

Como faz falta no Brasil um partido com viés liberal! Não me canso de repetir: vivemos uma hegemonia de esquerda na política nacional. Já no ambiente cultural, podemos notar claros ventos de mudança. A política, cedo ou tarde, terá de acompanhar. Os liberais e conservadores se sentem órfãos políticos, sem representatividade alguma. Que o NOVO e outros venham preencher este vácuo!

NOTA DO AUTOR: Alguns leitores me chamaram a atenção para o fato de que há um tom pejorativo na questão das roupas de grife, tentando dar um ar elitista ao partido. Reli a matéria e isso fica evidente mesmo. Deixei passar, talvez por ter focado no lado positivo de o projeto estar ganhando cada vez mais adeptos, sair na imprensa, e como oposto aos criminosos do black bloc. Não resta dúvida de que muitos tentarão colocar essa pecha de “elitista” e coisa de rico no NOVO. Não é verdade! Os ricos costumam adorar o PT! E quando Lula, um ex-operário, usa terno Armani, a esquerda não acha ruim. Mas quando é alguém que conquistou dinheiro legítimo trabalhando de verdade, aí não pode. Não aceito isso. Cada um compra a roupa que quiser, desde que seu dinheiro seja honesto. Isso é liberal. O resto é inveja ou oportunismo dos hipócritas. Dito isso, a matéria parece ter jogado uma casca de banana nesse aspecto sim, o que é condenável.  

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