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O verdadeiro crime das elites capitalistas
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O socialismo é a escuridão, o capitalismo é a luz.

Por João Luiz Mauad, publicado no Instituto Liberal

A história do Século XX provou, de forma dramática, que o sistema capitalista gera enorme prosperidade e que todas as formas de socialismo levam à pobreza e ao colapso.

O progresso econômico e social das nações capitalistas, principalmente dos Estados Unidos, do Japão e da Europa Ocidental, é inegável.  Por outro lado, há exemplos marcantes de como as sociedades socialistas regridem com o tempo.

Quem visita a outrora belíssima Havana tem a exata impressão de que voltou aos anos cinqüenta do século passado.  O que se vê é uma cidade em ruínas, onde a marca mais aparente é a estagnação e a decrepitude, seja na arquitetura, nos veículos e até nas pessoas.

Pegue-se a Coréia do Norte.  Neste caso, uma imagem vale mais do que mil palavras.  Basta olhar as fotos noturnas de satélite da Península da Coréia para ter certeza, comparando-se a luminosidade do norte e do sul, de que há algo de muito errado acontecendo no norte, onde prevalece a total escuridão, em pleno Século XXI.

Mas certamente o maior teste empírico da superioridade do capitalismo sobre o socialismo é Berlim: ali conviveram lado a lado, durante quarenta e cinco anos, a pujança capitalista do oeste e os dramáticos resultados do comunismo no leste.  De um lado uma cidade moderna, um próspero centro comercial e financeiro, com o conforto e os benefícios que só o capitalismo produz, e de outro o desamparo e a miséria.  Uma diferença gritante, principalmente se levarmos em consideração o fato de que havia ali a mesma geografia, o mesmo povo, a mesma cultura, a mesma educação, a mesma história, enfim, os mesmos recursos humanos e naturais.

Como se vê, é incontestável a superioridade do capitalismo, comparado com quaisquer das formas de socialismo.  Infelizmente, poucos estão conscientes dos argumentos econômicos que suportam o capitalismo, e menos ainda dos fundamentos morais e filosóficos que o sustentam.  Essa é a razão por que a maioria das pessoas é incapaz de reconhecer as virtudes desse incomparável sistema.  Por outro lado, a doutrina socialista é disseminada ao redor do mundo através de pungentes elegias igualitaristas, principalmente na forma do insidioso sofisma segundo o qual a riqueza de uns é o resultado da miséria de muitos.

A principal vantagem do capitalismo é precisamente a de que ele realmente funciona, se não idealmente bem, pelo menos melhor do que todas as demais formas de organização econômica e social, justamente porque as pessoas estão liberadas para perseguir os seus próprios interesses, enquanto todos os demais estão apoiados nas inconstantes virtudes humanas, como a solidariedade, a “responsabilidade social”, ou o “bem comum”.

Eis aqui, portanto, a grande beleza do capitalismo, que muitos não conseguem enxergar: ainda que visem exclusivamente aos próprios interesses, os indivíduos somente serão recompensados quando satisfizerem as demandas dos outros. Meu ganho, meu lucro ou minha remuneração estão diretamente ligados à satisfação do meu semelhante. O livre mercado, embora não pretenda extinguir o auto-interesse inerente à condição humana, nos obriga a pensar nas demandas do próximo, se quisermos ser bem sucedidos.

Acima de tudo, o capitalismo não foi um modelo projetado, nem é resultado da criação de nenhuma mente privilegiada, mas trata-se de uma ordem espontânea, desenvolvida ao longo dos séculos através da interação humana.

O capitalismo não é perfeito, assim como nenhum sistema humano é ou jamais será perfeito. Mas os benefícios da sociedade da livre iniciativa são inegáveis – basta comparar a China de apenas 50 anos atrás com a China atual.

É muito fácil – e não raro politicamente conveniente – desdenhar do único modelo que, até hoje, nos permitiu escapar da pobreza e do desconforto que atormentaram o homem em grande parte de sua existência.  A esses eu diria que o maior crime das elites capitalistas não está nas famigeradas desigualdades, no egoísmo ou na ganância intrínsecos à condição humana, mas sim na recusa sistemática de apoiar, divulgar e defender o único modelo que proporcionou à humanidade sair de seu estado natural de miséria, preferindo, ao contrário, fazer apologia de um modelo que, onde quer que já tenha sido testado, só trouxe penúria e miséria.

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