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Petrobras: tucanos x petistas
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Quem foi que disse que os petralhas não servem para nada? Mostrei aqui a destruição de valor da Petrobras sob o comando do PT, e um esquerdista logo apareceu para provocar: “compara com a época dos tucanos!” Deve ter pensado que era um xeque-mate ou algo do tipo.

Agradeço pela oportunidade de demonstrar como uma gestão ruim e ideológica pode prejudicar uma estatal. Antes, faço um caveat: não sou tucano, não defendo o pensamento de esquerda do PSDB, e o ideal seria privatizar a Petrobras de uma vez, naturalmente. Nesse caso, o desempenho seria infinitamente melhor.

Dito isso, não resta dúvida de que os tucanos souberam preservar um quadro mais técnico na gigante de petróleo, e houve menos ingerência política. Quando comparamos o desempenho de suas ações em relação ao índice da Bovespa, portanto, essa diferença salta aos olhos. Vejam:

De 1995 até o final de 2002, a ação da Petrobras se multiplicou por seis, enquanto o Ibovespa apenas triplicou. Ou seja, o desempenho da estatal foi o dobro do índice de ações brasileiras no período. E no caso do PT? Vejam:

Na era petista, a ação da Petrobras se multiplicou por quase cinco, o mesmíssimo patamar do Ibovespa! O período do PT é mais longo, pois tem, além dos dois mandatos de Lula, mais os três anos de Dilma. Ainda assim, a Petrobras se valorizou menos em termos nominais, e bem menos em relação às demais empresas brasileiras.

Mas não é tudo. Como a Petrobras vende uma commodity, seu preço é fundamental para determinar sua receita e, por tabela, sua rentabilidade. Logo, comparar com uma cesta de empresas do mesmo setor se faz necessário para uma melhor análise. Eis o resultado:

Não foi possível pegar dados desde 1995 pois não estão disponíveis para o XLE. Mas pegando dados do final de 1998, que engloba o segundo mandato de FHC, podemos ver que a Petrobras subiu, dessa data até o fim de 2002, mais de 20%, enquanto o XLE ficou estável.

Já nos últimos quatro anos, a Petrobras perdeu 80% de valor em relação ao XLE! A grande destruição de valor da estatal tem se dado na gestão Dilma, em parte pela “herança maldita” de Sérgio Gabrielli no comando da empresa, em parte pelo uso político da estatal, incluindo o congelamento de preço do combustível.

A Petrobras poderia ter um desempenho muito melhor se fosse privada. Mas enquanto estatal, não resta dúvida de que uma gestão mais isenta de ideologia e mais pragmática, voltada para resultados econômicos, faz toda a diferença. O PT é o maior inimigo dos acionistas da Petrobras!

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