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Venceram a batalha, mas não a guerra. Ou: “We shall never surrender!”
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O Brasil acordou de luto. O gosto amargo da impunidade, a desesperança em relação ao futuro, tomaram conta de muita gente. Basta ver as redes sociais e cartas aos leitores. “Fechem logo o país”, “o último que sair apague a luz”, “acabou” etc. Eu mesmo, ainda sob o impacto da notícia, escrevi uma carta para minha filha passando o bastão, delegando à próxima geração a tarefa de consertar o Brasil.

Mas acordo com forças renovadas. Os mensaleiros venceram uma importante batalha. Mas não venceram a guerra. O Brasil sempre contou com uma ala podre que luta para nos manter no atraso, no patrimonialismo, no clientelismo, no estatismo hipertrofiado distribuindo benesses e privilégios. Esses, os verdadeiros “reacionários”, comemoraram ontem. Só que a vitória não foi definitiva.

Uma Grande Sociedade Aberta, em permanente construção, sempre terá de lidar com forças na direção contrária. Muitas vezes tais forças do mal terão sucesso e farão a sociedade recuar no avanço, fechar-se mais. Foi o que aconteceu nessa fatídica quarta-feira. O STF diminuiu de tamanho, a Justiça saiu bastante chamuscada, o país fica menor. Mas não morremos!

As mensagens de alguns leitores lembraram de Churchill. De fato, quando tudo parecia perdido, quando os nazistas tinham como certa a vitória, quando os ingleses viviam apreensivos no limite da angústia, o grande estadista fez um discurso histórico e para a eternidade, com quatro palavras que merecem destaque: “We shall never surrender!”

httpv://www.youtube.com/watch?v=MkTw3_PmKtc

E não se renderam mesmo. Lutaram. Venceram. A Inglaterra ressurgiu das cinzas como Fênix, reconstruiu-se. As esperanças puderam ser renovadas. A Grande Sociedade Aberta, após preocupantes e perigosos passos para trás, quase se fechando na escuridão da barbárie, sobreviveu.

Não. É cedo para jogar a toalha, para deixar o caminho livre para os canalhas. Em minha carta, disse que minha geração, a elite de minha geração havia falhado. De fato, falhou. Não vamos entregar um país decente para nossos filhos. Mas não vamos desistir da luta. Até porque, se desejamos que eles lutem, precisamos dar o exemplo. E, ao menos, reverter parte do estrago causado pelo PT nos últimos anos.

A luta continua. Ainda não temos nosso Churchill, mas teremos. O Brasil cansa muitas vezes, desanima, dá vontade de fazer as malas e se mandar mesmo. Mas é nosso país, nossa Pátria, e é maior do que mensaleiros e quadrilheiros, maior do que ministros covardes ou vendidos. Nós jamais nos renderemos!

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