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Prevenção

Cuidados simples podem evitar o aparecimento do de halitose:

- Coma a cada três horas porque jejum prolongado compromete o hálito. Também evite alimentos que ressequem a boca como os muito salgados ou condimentados.

- Evite fumo e álcool em excesso, que também geram a halitose.

- Ingira bastante líquidos, de preferência água, em média dois litros por dia.

- Visite o dentista semestralmente, se prevenindo de outras doenças bucais.

- Faça higienização corretamente, incluindo a limpeza da língua. Segure a língua com gaze ou toalha para evitar náusea. Se utilizar raspador, faça movimentos leves e prefira os aparelhos sem barbatana.

Fonte: Associação Brasileira de Halitose.

Quem convive com alguém que tem mau hálito sabe como é constrangedor ter de avisar a pessoa sobre o problema. E o porcentual de brasileiros que tem halitose não é baixo: atinge 30% da população, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Halitose (ABHA). O problema, no entanto, não é considerado doença. É, na verdade, sinal para outras complicações de saúde como sinusites, doenças na gengiva e diabete. O mau hálito também tem causas metabólicas, como realizar exercícios físicos sem se hidratar ou ficar muito tempo sem comer.

"O mau cheiro da boca é ocasionado por uma associação de fatores que geram uma produção maior de saburra (placa esbranquiçada) em cima da língua. Quase nunca são por falta de higienização", explica a dentista e membro da ABHA Sílvia Regina Pontes. A maior quantidade de saburra se dá pelo aumento de bactérias na boca, que produzem o chamado composto sulfurado volátil, outro responsável pela halitose. A alteração da saliva, como pouca produção ou textura muito viscosa, também desencadeia o problema. "Isso pode ocorrer por estresse, uso de medicamentos xerostômicos que diminuem a salivação (como remédios para pressão arterial e antidepressivos), estresse ou respiração bucal", diz a dentista.

Raramente, de acordo com Sílvia, a pessoa com halitose percebe o mau cheio. Por isso o ideal é fazer o alerta. A ABHA conta com o SOS Mau Hálito, que avisa por meio de e-mail ou carta que a pessoa está com o problema. No ano passado, cerca de mil pessoas de várias partes do país foram alertadas por endereço eletrônico e 270 por carta. Quem entra em contato com a associação pode ficar despreocupado, já que o aviso vai em nome da ABHA.

"Muitos procuram tratamento depois", diz a presidente da ABHA, Daiane Rocha. A associação, porém, já presenciou casos de pessoas revoltadas. "Teve um senhor que ligou e escreveu diversas vezes, indignado, querendo saber quem pediu para enviar o e-mail. Mas nunca revelamos, tudo fica no sigilo."

Para o diagnóstico, o dentista faz um histórico médico e odontológico do paciente, testes com um aparelho que mede o composto sulfurado volátil (até 80, é considerado normal) e um exame para avaliar o fluxo salivar. De acordo com a dentista Sílvia Pontes, o trabalho em parceria com outros profissionais da saúde é essencial. "Se percebo que ele dorme muito com a boca aberta, encaminho para um otorrinolaringologista. E vice-versa."

Disfarce

Bala de hortelã, chicletes ou pastilhas não resolvem, somente escondem o mau cheiro por um curto período. Produtos para enxágue bucal não tratam e podem até piorar, caso contenham álcool na composição. "Ele pode aumentar a descamação epitelial, o que deixa o hálito pior ", explica a dentista. A halitose matinal é normal e não deve preocupar. "100% das pessoas acordam com um pouco de saburra. Quando dormimos, nosso corpo mantém somente as funções essenciais. Com isso, ocorre uma diminuição da saliva e aumento das bactérias. O normal é que o mau hálito passe depois da higienização e de comer".

Serviço: No dia 22, a ABHA realiza o Dia Nacional de Combate a Halitose para esclarecimentos sobre o assunto. Quem deseja alertar alguém que tenha o problema deve entrar em contato com a associação pelo site: www.abha.org.br/sosmauhalito .

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