Mamografia é destacada em campanha

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Desde a última quinta-feira o Brasil está mais cor-de-­rosa. Monumentos e prédios públicos de diversas capitais do país estão iluminados com a cor e seguem assim até o fim deste mês. Em Curitiba, a Praça do Japão, a estufa do Jardim Botânico e o Palácio Iguaçu ganharam a iluminação especial. Tudo para lembrar a importância de se fazer o diagnóstico precoce do câncer de mama – principal câncer causador de morte de mulheres no Brasil. Esse é o mote da campanha Outubro Rosa, que nasceu na década de 1990, nos Estados Unidos, com o intuito e diminuir a taxa de mortalidade da doença.

Como explica o mastologista Hélio Rubens de Oliveira Filho, professor da UFPR e médico credenciado pelo Paraná Clínicas, o câncer na mama não mata. O que pode causar a morte é a metástase desse câncer, que costuma atingir ossos, pulmões, fígado e cérebro. "Enquanto o câncer está confinado à mama, as chances de cura são muito altas. Mas quando temos um quadro de metástase, essas chances diminuem drasticamente", afirma.

Para se ter um diagnóstico precoce do câncer de mama, a mamografia é fundamental. Só por meio desse exame de imagem é possível detectar o tumor em um estágio inicial. "O exame serve para detectar a doença no começo, o que amplia as chances de cura da paciente", diz o mastologista.

A recomendação médica é que a partir dos 40 anos a mulher faça a mamografia anualmente. Isso vale para quem não se enquadra em grupos considerados de risco. Para as mulheres que têm casos de parente de primeiro grau que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos ou câncer de ovário, o acompanhamento deve começar aos 35 anos ou antes. Fatores como a primeira menstruação antes dos 12 anos, o primeiro filho após os 30 anos e o tabagismo também aumentam o risco da mulher desenvolver câncer de mama.

Números

Neste ano, o Ministério da Saúde contabiliza que o país registrará cerca de 53 mil novos casos de câncer de mama entre as mulheres – quase 30% dos casos de câncer entre a população feminina Brasileira. Só no Paraná, foram registrados no ano passado 3,1 mil casos de câncer de mama – 730 deles em Curitiba.