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Cuidados

Saiba como agir em caso de suspeita de osso quebrado

Em situações de acidente ou queda, a suspeita de fratura de algum osso deve exigir vários cuidados nos instantes iniciais. É preciso chamar socorro imediatamente, através do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), pelo telefone 193. O médico Fabiano Kupczik explica que o membro com suspeita de fratura deve ser imobilizado até que o socorro chegue. "A pessoa pode usar talas de madeira ou até papelão para tentar fazer uma imobilização temporária. Depois enfaixe a área, mas sem apertar muito", alerta.

Se a fratura não for devidamente tratada pode causar uma deformação no osso, dor, artrose e problemas de movimentação. Em caso de fratura exposta, imobilize o membro como está e não tente colocar o osso no lugar. Cubra o local com um pano esterilizado ou bem limpo, para evitar o contato com o ambiente para não causar infecções. As fraturas expostas são aquelas em que o osso quebrado rompe os músculos e a pele. "Em qualquer fratura, a pessoa tem que mexer o membro o mínimo possível", ressalta o ortopedista.

Prognóstico

Recuperação de lutador deve levar seis meses

Após fraturar a perna esquerda no duelo com Chris Weidman em Las Vegas na madrugada do dia 29 de dezembro, o lutador Anderson Silva passou por cirurgia realizada com sucesso, para a colocação de uma haste que irá acelerar a recuperação. Mesmo assim, ele deve ficar seis meses afastado do esporte. Não há previsão de quando Anderson voltará a treinar. Há chances de ele antecipar sua aposentadoria devido à lesão.

O golpe que resultou na fratura era praticado constantemente e já era considerado uma das armas do lutador brasileiro. Em recuperação, o Spider pediu desculpas aos torcedores por não ter conseguido vencer a revanche com o norte-americano e retomar o cinturão. Depois de ficar três dias internado no Centro Médico Universitário de Las Vegas, Anderson Silva saiu do hospital na última terça-feira.

A imagem da fratura de Anderson Silva rodou o mundo e chocou o público. O impacto do chute do lutador de MMA em Chris Weidman foi tão forte que quebrou os dois ossos da perna – tíbia e fíbula.

Os riscos de uma fratura dessas existem principalmente em esportes de contato, mas para isso acontecer é necessária uma somatória de fatores, como a força e o local do impacto, o que torna a quebra de um osso durante a prática esportiva menos comum do que em quedas e acidentes.

"O que aconteceu foi uma fatalidade e diversos fatores contribuíram para a lesão de Anderson Silva", explica o chefe do setor de ortopedia do Hospital Cajuru, em Curitiba, Fabiano Kupczik. Ele afirma que isso pode acontecer com maior frequência em esportes de maior impacto, como lutas e futebol.

Lesões

No entanto, não é no esporte que se concentra a maioria das fraturas. "Na prática esportiva é mais comum ter rompimento de ligamentos e luxações, por exemplo", salienta.

Kupczik relata que a incidência de fraturas é maior em duas situações: em quedas de pessoas mais idosas e em traumas provocados por acidentes de trânsito. "Uma colisão ou atropelamento pode provocar uma fratura em pessoas de quaisquer idades, já que são traumas de alto impacto", ressalta o médico.

Na questão de quedas de pessoas com mais idade, o grande problema é a fragilidade óssea, já que muitas delas apresentam osteoporose. "Isso faz com que em qualquer tombo a pessoa possa fraturar o punho quando se apoia no chão", explica. Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose, uma fratura provocada pela doença ocorre a cada três segundos, o que corresponde a 25 mil casos por dia em todo o mundo.

O tratamento para recuperar um osso fraturado nem sempre exige intervenção cirúrgica. Em diversos casos, opta-se apenas por engessar o membro até que o osso se recupere. Com a cirurgia, o tempo de recuperação tende a ser menor.

Casos de cirurgia

Contudo, nem todos podem passar pela mesa de cirurgia. "Em todo procedimento desses há riscos. Então, temos que analisar bem a situação para tomar a decisão correta", destaca o ortopedista.

O tempo de recuperação do paciente varia conforme a idade, o grau de lesão e o osso fraturado. "Se a pessoa quebrar o fêmur o tempo poderá chegar a seis meses. Mas há situações em que 45 dias são suficientes", diz Kupczik. Após a calcificação do osso, o paciente deverá passar por fisioterapia para recuperar plenamente os movimentos do membro fraturado.

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