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O venezuelano Daniel Scott-Algara reside há 32 anos na França, onde estuda doenças infecciosas. Em julho, esteve em Curitiba para participar do 1.º Simpósio Internacional sobre a Tuberculose, realizado pelo Instituto Pelé Pequeno Príncipe. À Gazeta do Povo, afirmou que a tuberculose ainda preocupa, e muito, os especialistas. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 71 mil novos casos são detectados todos os anos.

O que o Brasil tem de interessante em termos de controle de doenças?

As infecções no Brasil têm sido muito bem tratadas. Mas é preciso que haja mais interação entre as equipes de controle. Quem trabalha em saúde pública deve inter­agir com a equipe de investigação básica e outros organismos, inclusive os não governamentais.

O cenário de tuberculose no mundo é preocupante?

É extremamente preocupante e pode ser explicado porque a doença é afetada por outras enfermidades, como a aids. Ela aumenta a incidência de tuberculose entre as pessoas e a transmissão.

O Brasil quase erradicou a tuberculose, mas hoje está entre os 20 países com mais casos no mundo. As políticas de controle deixam a desejar?

Sim, por isso que é preciso tra­­balhar em equipe multidisciplinar. Um epidemiologista precisa trabalhar com outras pessoas, para passar e adquirir conhecimento. Além disso, é importante que o paciente tome os medicamentos da maneira correta e que não os abandone, porque as cepas [aglomerados de bactérias com as mesmas características da bactéria original] são muito resistentes.

Como andam as pesquisas sobre tuberculose no mundo e no Brasil?

Há muitas investigações clínicas que precisam ser feitas. Para os pacientes que apresentam cepas muito resistentes, os antibióticos atuais têm pouca eficácia. O que estamos esperando é que seja encontrado um novo antibiótico para ajudar o paciente a eliminar a bactéria.

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