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Previna-se

Higiene e atenção são fundamentais na hora de prevenir as parasitoses

- Lave adequadamente frutas, verduras e legumes antes de consumi-los.

- Coma apenas carne bem passada e que seja inspecionada.

- Beba apenas água tratada ou fervida.

- Lave as mãos após utilizar o banheiro e antes de manipular alimentos.

- Não se alimente em estabelecimentos que descuidam da limpeza e que não possuam licença sanitária.

- Nas relações sexuais, cuide da higiene e utilize preservativos.

Saiba mais

No caso de suspeita, evite a automedicação, que mascara ou pode agravar o problema

Sintomas

Dores abdominais, desconforto na digestão, obstrução intestinal, diarreia crônica e anemia.

Gravidade

Em indivíduos saudáveis, uma pequena infestação pode ser eliminada pelo próprio mecanismo de defesa do corpo.

Alcoolistas e pessoas com doenças imunodepressoras, como diabete, HIV e câncer, são mais vulneráveis às parasitoses intestinais. Nesses pacientes, as infecções se manifestam de forma mais severa.

Em geral, os parasitas se instalam no intestino, mas também podem atingir o sistema circulatório, migrando para órgãos como baço, fígado, pulmões e cérebro. Nesses casos, se a doença não for tratada, as consequências se tornam graves e podem levar à morte.

Tratamento

Normalmente é rápido e barato, com remédios como mebendazol e metronidazol. A automedicação não é recomendada pelos médicos.

Para um tratamento efetivo, primeiro se identifica a parasitose por exame de fezes, e então, o remédio correto é indicado. Em alguns casos, a medicação precisa ser prolongada.

Fontes: infectologista Ciane Cristina de Oliveira, clínico geral Niazy Ramos Filho e bióloga Maria Elisabete Ferraz.

Para prevenir e combater parasitoses intestinais é comum se ouvir, principalmente de mães e avós, que tomar uma dose de vermífugo por conta própria faz bem. Mas essa medida tem real validade?

Segundo os especialistas em enteroparasitoses (parasitoses do intestino) a resposta é não. E a atitude é desaconselhada pelos médicos. "É errado expor sem necessidade um organismo a um medicamento, correndo risco, mesmo que mínimo, de se provocar um efeito colateral", diz o clínico geral do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Niazy Ramos Filho. Além disso, o medicamento pode não eliminar o real vilão – afinal, não existe remédio único para todas as parasitoses –, e, dependendo do estágio dela, pode ser preciso receber novas doses do medicamento.

O correto, portanto, é que o indivíduo procure um médico, assim que apresentar sintomas como dores abdominais, desconforto na digestão, diarreia crônica e anemia. Ou então, caso a pessoa suspeite que teve contato com alimentos e água contaminada. Só depois de feito o exame parasitológico de fezes, o médico poderá receitar o remédio adequado.

Apesar de Curitiba ter um bom nível de saneamento básico, os especialistas dizem que há motivos para se preocupar quando o assunto são os parasitas transmitidos principalmente pelas fezes. Afinal, ninguém está livre deles. "Ainda mais quem come sanduíches em qualquer lugar", diz Ramos Filho. Ele relata atender, por mês, uma média de dois a três adultos infectados com parasitoses. Tais infecções são comuns, sendo que o contágio é feito principalmente pela ingestão de alimentos ou água contaminada, e também por sexo oral sem proteção, como adverte a médica especialista em infectologia Ciane Cristina de Oliveira.

Doenças como a ancilostomose (amarelão), esquistossomose (a barriga d’água) e teníase (transmitida pela ingestão de carnes bovinas e suínas contaminadas por cisticercos) são mais raras, dizem os médicos, justamente pelo nível de saneamento e de inspeção alimentar atingido em Curitiba.

Da higiene alheia é fácil falar

Prudência na hora de se alimentar fora de casa é importante, mas um medo irracional de se comer verduras, por exemplo, pode até comprometer a dieta alimentar, observa a bióloga Maria Elisabete Ferraz, do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, que não deixa de comer saladas cruas fora de casa. "Risco sempre há, mas se você observa que o estabelecimento tem higiene e possui licença sanitária, o perigo diminui bastante."

Maria Elisabete lembra que algumas pessoas se preocupam com a falta de limpeza dos outros, mas elas mesmas se esquecem de tomar cuidados. "Ao lavar uma salada em casa, não é só passar a alface embaixo da torneira. É preciso limpar bem os alimentos, deixar de molho, utilizar hipoclorito de sódio." Não roer unha, lavar as mãos após as necessidades fisiológicas, cuidar da saúde dos animais de estimação e manter o quintal limpo são outros hábitos que evitam a disseminação das parasitoses.

O perigo da água não tratada

O artista plástico Anderson Ramalho, 32, sofreu por três anos com giardíase. Segundo ele, a demora para diagnosticar a doença aconteceu porque os sintomas se confundiam com os de um problema crônico que ele possui no duodeno.

Ramalho só descobriu que estava com a doença quando mudou de médico e este solicitou exames parasitológicos. Detectada a infecção, a cura veio em uma semana, tomando três doses diárias de remédio pelo médico.

"Imagino que me contaminei ao beber água de um poço, em uma viagem que fiz ao litoral. O meu médico falou que há muitos casos de pessoas que contraem parasitas por beberem água não tratada fora de casa", conta Anderson.

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