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Ady Tramujas Samways | Arquivo da família
Ady Tramujas Samways| Foto: Arquivo da família

Os 93 anos da professora Ady Tramujas Samways foram muito ativos. Era catequista, ministra da Eucaristia, legionária de Maria e ainda tinha outras atividades na rotina. A idade não era empecilho e mesmo depois dos 90 mantinha a agenda quase inalterada. Quando estava em Matinhos, no Litoral do Paraná, caminhava 13 quilômetros todos os dias e ainda reclamava se os netos não acompanhassem o ritmo dela.

Os trabalhos sociais e os hobbies da Vó Ady

Além da creche, Ady desenvolvia um trabalho social na Vila do Povo. Lá, ela ajudou a construir a igreja e as casas de quem não tinha onde morar. Também levou cestas básicas, roupas e encaminhou as crianças para a escola. “Se hoje sou o que sou é por causa dela. Eu não tinha nem roupa e ela me vestiu; e ainda me mandou para a escola”, contou um rapaz aos familiares no dia do velório.

A caridade foi ensinada aos filhos, netos e bisnetos. Eles são reconhecidos na rua como “a família daquela senhora” quando levam as doações nos mais diferentes lugares.

Apaixonada pelo mar ensinou os netos e bisnetos a “pegar jacaré” na praia. “Ela ia para a praia, esperava uma onda mais forte e se jogava”, lembram-se os familiares.

Boa cozinheira, Ady fez para cada uma das cinco netas um caderno de receitas personalizado. O caderno da filha ficou incompleto, não houve tempo para terminar.

Aos 75 anos, ela ainda levava grupos de alunos para fazer excursões no caminho dos jesuítas e contava o início da história do Paraná. Aos 80, levava as catequistas para passeios em cidades de turismo religioso e para formações.

Depois das 18 horas, quando saía da creche e voltava para casa, ficava incomodava em não fazer nada. Para passar o tempo, gostava de ler os romances de Jorge Amado e Agatha Christie. “Tinha vezes que ela estava chorando e dizia: ‘ah... João morreu!’ A gente perguntava quem era João e ela contava que era um personagem do livro. Era íntima dos personagens”, recordam. (DMA)

Nasceu em Paranaguá e morou lá quase a vida toda. Começou a carreira de professora em São Mateus do Sul, em 1941, mas logo voltou para a cidade natal. Confiante de que Deus estava ao lado dela, foi para a avaliação que a tornaria professora. “Ela tinha estudado muito. Antes da avaliação, alguém falou que estavam criando a “gasolina azul” para aviões e que não era para ela se esquecer dessa informação. Ady nunca tinha ouvido falar nessa gasolina, mas ficou com aquilo na cabeça. No fim do concurso, o avaliador perguntou se era verdade que estavam criando o produto e ela respondeu que sim”, contam os netos. Ao todo, foram 55 anos em sala de aula.

Diretora do Colégio Estadual José Bonifácio, em Paranaguá, lutou para que a Praça Portugal, ao lado da escola, não abrigasse bares. “Dizia que tiraria os alunos da sala”, contam os filhos. Quando deixou o colégio, os bares foram abertos e ela lamentava presenciar que tantos alunos estavam na praça. Dedicada à educação, quando soube do ataque aos professores em 29 de abril deste ano, em Curitiba, disse a uma das netas que gostaria de prestar solidariedade aos colegas.

O amor pelas crianças era gritante. Decidiu criar uma creche, em 1978, para que as mães pudessem deixar seus filhos e trabalhar. O terreno foi doado pelo prefeito da época, José Vicente Elias. O aterro para o local também foi doação. “Os caminhões da cooperativa (que são usados no porto) vinham ajudar com o aterro, quando estavam sem serviço”, destacam os filhos. Por fim, na Páscoa, fez ela um “pedágio” para arrecadar o dinheiro da construção do centro de educação. A creche Nossa Senhora do Rosário foi inaugurada em 1980. Hoje, são atendidas 75 crianças de 2 a 6 anos. Ady fazia questão de servir o almoço das crianças e ainda levava sobremesas nos bolsos. Ao fim de cada refeição, os pequenos ganhavam balas, pirulitos, bombons; cada dia havia uma “surpresinha” diferente.

Liderança de muitos movimentos na Igreja Católica, ela apresentou a Pastoral da Criança e a Liga do Câncer para a cidade. “Levava a Comunhão para quem não podia ir à igreja. A parnanguara saía para visitar os “velhinhos” de 70 anos, mas já tinha 90”, brinca a família. Os idosos e os enfermos também ganhavam docinhos.

Ady (ao centro, de blusa laranja) com os familiares Arquivo da família

Participava da Catedral Diocesana de Paranaguá e do Santuário de São Francisco das Chagas. O padre André Buchmann, responsável pelo santuário, foi aluno da mulher que, mais tarde, se tornaria uma das grandes incentivadoras de sua vocação. “Quando me encontrava na rua, ela dizia: ‘estou rezando por você’. Depois de ordenado, dizia: ‘continuo rezando por você’”. É o santuário que vai dar continuidade às atividades da creche.

Como gostava de viajar, estudava cada lugar e deixava os guias turísticos boquiabertos. “No final, as pessoas aplaudiam a “Vó Ady” e não os guias, pois eles falavam tudo decorado e ela, porque conhecia”, orgulham-se os netos. Falando apenas o português, conheceu vários países, até a China. Mas Ady tinha verdadeira paixão pela cidade de Nova York. Planejava os passeios que queria fazer e, na volta, fazia um diário de viagem.

Serviço

As publicações neste espaço são gratuitas. Faça contato com a Central de Redação, pelo fone (041) 3321-5832, ou por e-mail obituario@gazetadopovo.com.br. As informações constantes na relação de falecimentos são fornecidas pelo Serviço Funerário Municipal. Fone: 3324-9313.

A devota incansável de Nossa Senhora tomava sopa de legumes todas as noites. “Não cansa?”, questionavam. “Quando eu chegar ao céu e Jesus me perguntar o que eu quero, vou responder: ‘tudo, menos sopa de legumes’”, respondia. Dona Ady estava fraca e passou duas semanas internada. Com toda a família reunida, foi ao encontro de Deus. O médico que cuidou dela no período em que esteve no hospital teve aulas com a senhorinha antes de ir para a faculdade. Velada no Santuário de São Francisco das Chagas, de onde era benfeitora, a igreja permaneceu cheia o tempo todo. “Era uma pessoa muito conhecida, empreendedora, e uma mulher de coragem”, destacou o padre André Buchmann.

Deixa dois filhos, nora, genro, oito netos, 13 bisnetos, os alunos, as crianças da creche, os catequizandos e os velhinhos que visitava.

Dia 28 de junho, aos 93 anos, de causas naturais, em Paranaguá.

Lista de Falecimentos - 24/07/2015

Anna Maria Zonato Túlio, 92 anos. Profissão: do lar. Filiação: Alberto Zonato e Maria Tessari. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Felicidade.

Arthur Quirino do Nascimento, 16 horas. Filiação: Reginaldo Quirino do Nascimento e Débora Aparecida dos Santos do Nascimento. Sepultamento ontem.

Arvelino Crevonis, 75 anos. Profissão: motorista. Filiação: Pedro Crevonis Filho e Anna Pereira dos Santos. Sepultamento ontem.

Ary dos Santos Andrade, 90 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Maria dos Santos Andrade. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Água Verde, saindo da Capela - 03 .

Augustinho Gomes de Brito, 79 anos. Profissão: motorista. Filiação: Elisario Gomes do Nascimento e Auta Maria de Brito. Sepultamento ontem.

Benedita Oliveira, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: Lourenço Pinheiro da Silva e Maria Pinheiro da Silva. Sepultamento ontem.

Celoir Marinete Alves, 50 anos. Profissão: professora. Filiação: Francisco Diogo dos Passos Alves e Deair Maria Alves. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Mortuária de Guaratuba.

Celso Lino Stangler, 90 anos. Profissão: motorista. Filiação: Henrique Mathias Stangler. Sepultamento ontem.

Cristiano dos Santos Marcondes, 65 anos. Profissão: jardineiro. Filiação: José Pedro Marcondes e Maria da Conceição dos Santos Marcondes. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo de Igreja Adventista da Promessa.

Delmiro Alves de Abreu, 91 anos. Filiação: João Alves de Abreu e Maria Rodrigues. Sepultamento ontem.

Edna Decco Prieto Fernandes, 88 anos. Profissão: funcionária pública estadual. Filiação: José Decco e Rosa Gerdullo. Sepultamento ontem.

Eduardo de Oliveira Rodrigues, 6 anos. Filiação: João Carlos Bartoski Rodrigues e Suelen Eloina Assis de Oliveira. Sepultamento segunda-feira, 24 de agosto de 2015, no Cemitério Municipal do Boqueirão, saindo da Capela Mortuária Municipal de Araucária.

Elton Carlos de Oliveira, 46 anos. Profissão: vigilante. Filiação: Antoninho Carlos de Oliveira e Margarida Maria de Oliveira. Sepultamento ontem.

Ericson Rodrigues, 68 anos. Profissão: motorista. Filiação: João Rodrigues e Maria Elkis Rodrigues. Sepultamento ontem.

Erik Sebastian de Souza Pacheco, 26 anos. Profissão: motorista. Filiação: Henrique Duarte Santana Pacheco e Mirian de Souza Pacheco. Sepultamento hoje, no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, saindo de residência.

Ersonina Maria Barroso, 79 anos. Profissão: cozinheira. Filiação: Sebastião Cypriano e Rosa Maria Rodrigues. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela do Cemitério Municipal de Matinhos.

Estanislawa Ramos, 81 anos. Profissão: do lar. Filiação: Ludovico Wrubel e Ludovica Wrubel. Sepultamento ontem.

Fernanda Marcos Manso da Silva, 24 anos. Profissão: do lar. Filiação: Celso Leocádio da Silva e Zeneide Aparecida Francisco da Silva. Sepultamento ontem.

Florentina Maria Barros, 85 anos. Profissão: do lar. Filiação: Graciliano Ferreira dos Santos e Josefa Maria dos Santos. Sepultamento ontem.

Floriza de Paula, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: Leopoldo Nicolau de Castro e Maria Ângela dos Anjos. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Gabriel Francisco de Siqueira do Nascimento, 17 anos. Profissão: servente. Filiação: Leonor Francisco do Nascimento e Iracema Dias de Siqueira. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Colina, em Colombo, saindo da Capela Mortuária do Jardim Osasco.

Genyr Felipe, 74 anos. Filiação: Geraldo Gabriel Felipe e Maria da Conceição. Sepultamento ontem.

Hilario Baptista, 57 anos. Profissão: supervisor. Filiação: Adolpho Baptista e Joana Baptista. Sepultamento hoje, no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, saindo da Capela da Igreja Bom Jesus, em Campo Largo.

Ivo Antônio Curra, 83 anos. Filiação: Annuncio Curra e Orsolina Fontana. Sepultamento ontem.

Izabel Lisboa Bail, 85 anos. Profissão: do lar. Filiação: Miguel Escravonski da Silva e Maria Angelica Lisboa. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais.

Jefferson Mocellin, 50 anos. Profissão: professor. Filiação: Virmondes Mocellin e Maria de Lourdes de Freitas Mocellin. Sepultamento ontem.

João Maria de Jesus Pinto, 75 anos. Profissão: motorista. Filiação: José Maria Pinto e Paulina de Jesus Ferreira. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim Independência, em Araucária, saindo da Capela Municipal do Água Verde - Capela 04.

João de Deus Oliveira, 73 anos. Profissão: autônomo. Filiação: José Francisco de Oliveira e Maria do Carmo de Jesus. Sepultamento ontem.

Joarez dos Santos Maia, 35 anos. Profissão: auxiliar de produção. Filiação: Paulo da Rocha Maia e Carlinda dos Santos Maia. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de residência.

José Laskawski, 83 anos. Profissão: comerciante. Filiação: João Laskawski e Carolina Laskawski. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de residência.

Lara Beatriz Santana dos Santos, 3 anos. Filiação: Pedro Adriano dos Santos e Damaris Oliveira Santana. Sepultamento ontem.

Larissa Aparecida de Castro, 6 dias. Filiação: Adjahir de Castro e Rosana Mendes do Nascimento. Sepultamento ontem.

Leonildo Gatti Herrero, 80 anos. Profissão: bancário. Filiação: Francisco Gatti e Esperanca Herrero Ruiz. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial de Campo Comprido.

Maria de Jesus Ferreira, 72 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Henrique Teixeira e Deolinda Maria Teixeira. Sepultamento ontem.

Maria do Carmo Oliveira Carvalho, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Altino Roberto de Oliveira e Raimunda Donata de Paula Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Mário Matzenbacher, 75 anos. Filiação: Arno Matzenbacher e Maria Matzenbacher. Sepultamento ontem.

Mauro Santana da Costa Júnior, 25 anos. Profissão: contador. Filiação: Mauro Santana da Costa e Ivanete Santana da Costa. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de Igreja do Evangelho Quadrangular, em Cachoeira.

Nelito de Azevedo Lima, 75 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Raul de Azevedo Lima e Francisca Pinheiro de Abreu. Sepultamento ontem.

Osmar Garcia, 60 anos. Profissão: escriturário. Filiação: Justino Garcia e Ervira Garcia. Sepultamento ontem.

Palmira Milan de Oliveira, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Milan e Francisca Laskozky Milan. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da Capela Nº 01.

Raimundo José Vieira Neto, 80 anos. Filiação: Manoel Vieira e Maria José Vieira. Sepultamento ontem.

Renato de Carvalho, 73 anos. Profissão: advogado. Filiação: Antônio Rocha de Carvalho e Gessy Teixeira de Carvalho. Sepultamento ontem.

Rosalvo de Oliveira, 43 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Benedito de Oliveira e Palmira Picussa de Oliveira. Sepultamento ontem.

Rosaria Maria Elias, 87 anos. Profissão: do lar. Filiação: Campolim de Souza e Porcelina do Pilar. Sepultamento ontem.

Tiyoki Toyama, 79 anos. Profissão: agricultor. Filiação: Tuiochi Toyama e Fumico Toyama. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade I.

Vany de Souza Scheidt, 85 anos. Filiação: Romeu Alves Souza e Australia Conti de Souza. Sepultamento ontem.

Verônica Poholod, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: Nicolau Poholod e Maria Poholod. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial São Marcos, saindo da Capela Mortuária Paroquial do Abranches.

Vilmar José Tomio, 60 anos. Profissão: administrador. Filiação: Delfino Tomio e Joanna Regina Morelli Tomio. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela São José, em Blumenau-SC.

Willian Antônio Ferreira da Silva, 24 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Antônio Ferreira da Silva e Maria Aparecida Ferreira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal do Boqueirão.

Wilson Tesserolli, 86 anos. Profissão: engenheiro agrônomo. Filiação: Albino Tesserolli e Adelaide Groff Tesserolli. Sepultamento ontem.

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