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 | Arquivo da família/
| Foto: Arquivo da família/

Apesar de todos os espinhos que podem surgir pelo caminho, há pessoas que conseguem viver de forma leve. Que gostam de rir e fazer rir, que enxergam a felicidade como a verdadeira riqueza. Assim era Zigfrido Mizga – ou seu Zig, como amigos e familiares o chamavam –, homem de conversa fácil, sorriso sempre estampado no rosto, contador e apreciador de boas histórias e piadas.

Caçula de 13 irmãos, nasceu no extremo Sul paranaense, em uma pequena colônia chamada Quarta, próxima à também pequena cidade de Paulo Frontin, que à época do nascimento de Zig sequer havia sido alçada à condição de município. O menino só foi aprender a língua portuguesa quando entrou na escola. É que em casa, os Mizga, com ascendentes vindos de uma das partes mais geladas da Europa, só conversavam em polonês. Problema nenhum para o pequeno – o riso, afinal, é universal.

Mas mesmo na vida de uma pessoa alegre, nem todos os tempos são felizes. Ainda jovem, Zigfrido perdeu os pais. Decidiu, então, no início dos anos 1960, rumar para a cidade grande. Queria um recomeço (ou começo, por que não?) na região de Curitiba. Decidiu fixar moradia nos arredores da capital. Onde hoje é o bairro de Vargem Grande, em Pinhais, comprou a casa em que viria formar e criar toda a sua família.

Ali, como não era pessoa solitária, envolveu-se com a comunidade, e ajudou a construir não só o bairro, mas também escolas e igrejas da cidade. Quando implantaram a coleta seletiva no município, muitos anos mais tarde, separava tudo o que poderia ser reaproveitado para entregar ao caminhão. Indignava-se com as pessoas que não seguiam a prática.

A esposa, Veronica, que era professora em um tradicional colégio de freiras, Zig conheceu em um breve retorno para o Sul do estado, a pedido de uma de suas irmãs. Viajou com a pulga atrás da orelha, sabendo que o convite da família não era à toa: queriam que ele se casasse. Em poucos meses, estava de papel passado com a jovem professora. Ambos consideravam o enlace arranjado, mas não é que do encontro nasceu um amor verdadeiro? Tanto é que a união gerou quatro filhos homens – Edson, Elcio, Emerson e Everson – foi cheia de companheirismo, e perdurou até a morte de Zig.

A história do casamento, aliás, era uma das que mais gostava de contar aos seus. Contador de histórias nato, do tipo que deixaria qualquer metido a Forrest Gump para trás, ensinou sobre a vida aos filhos por meio de causos e parábolas. A lição que Zig buscava transmitir era que a passagem pela Terra pode ser dura, mas com coragem é possível encontrar a felicidade.

Representante de couro e sapataria, teve a oportunidade de conhecer diversas pessoas enquanto no ofício. Nas andanças do trabalho, chegou a cruzar com Nhô Belarmino & Nhá Gabriela, nada menos que a dupla sertaneja mais famosa do Paraná e autores de uma das músicas que Zig mais gostava de cantar, As mocinhas da cidade.

Homem de muita fé, fazia questão de ir à missa aos domingos. E falador como era, ao chegar em casa, gostava de comentar os sermões do padre. Também estava sempre atento aos noticiários, que lhe davam repertório para jogar conversa fora com os vizinhos.

Apesar do pouco estudo, era muito sábio, e lutou para ver todos os filhos formados. Não importa se chovia ou fazia sol, tampouco se a região de Curitiba passava por algum de seus tenebrosos invernos, nunca dispensou a tarefa de acordar a piazada, para que não perdessem uma só aula. Quando os “guris”, como os chamava, e Veronica levantavam, café e chimarrão já estavam feitos, na mesa. Tudo obra de Zig. Mais tarde, era com orgulho apresentava os filhos, já diplomados, aos amigos com quem o contato se perdera durante algum tempo.

Além de fazer o café, seu Zig tinha outro hábito matutino: contar o sonho da noite anterior. Interpretava a mensagem tendo como destino certo um palpite no jogo do bicho. Não deixava de anotar todos em uma caderneta. Quando precisou ficar internado em uma UTI, para provar que estava bom, desafiou o médico que o atendia a falar, aleatoriamente, números de um a 20. Zig lhe diria o bicho correspondente. Nem seria preciso dizer que acertou todos.

E o gosto pela vida permaneceu mesmo após ter sido diagnosticado com um câncer no intestino, em 2014. No Hospital de Clínicas, em Curitiba, onde fazia seu tratamento, não deixava a simpatia de lado e adorava distribuir conselhos, dignos de um paizão. Mesmo debilitado, palpitava a respeito do nome da netinha que estava para nascer e, a todo o tempo, demonstrava amor pela esposa. No dia 7 de janeiro, celebrariam meio século de casamento.

A poucos dias do Natal, uma de suas datas preferidas, porém, não resistiu e se foi. Deixou o exemplo de que não importa o quanto e o que se tem, mas o que se faz para ser feliz com aquilo que possui. Deixa esposa, quatro filhos e três netos.

Dia 20 de dezembro, aos 81 anos, de câncer, em Pinhais.
Colaborou: Mariana Balan.

Lista de falecimentos

Adenir dos Santos Furquim, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Marcelino dos Santos e Zenaide Ribeiro de Franca. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da residência.

Admir Paulo Grunitzky, 59 anos. Profissão: contador. Filiação: Asmiraldo Aldino Grunitzky e Ivoni Grunitzky. Sepultamento hoje, no Cemitério Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Esmeralda.

Agemiro Lopes Lacerda, 69 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Cassemiro Lopes de Lacerda e Noêmia Lopes dos Santos. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Mortuária da Igreja Católica de Tibagi.

Albari Vanderlei Golchinski, 66 anos. Profissão: motorista. Filiação: Mariano Golchinski e Maria dos Santos Golchinski. Sepultamento ontem.

Antônio José Belém, 60 anos. Profissão: cobrador de ônibus. Filiação: Antônio de Jesus Belém e Olidia de Miranda Belém. Sepultamento hoje, no Cemitério São Gabriel, em Colombo, saindo da capela número 02 do Cemitério Municipal Santa Cândida, em Curitiba.

Antônio do Carmo Vieira, 74 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Pedro Xisto Vieira e Ana Maria de Jesus. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Paz, saindo da Capela São Rafael, no bairro CIC.

Anuar Viba, 74 anos. Profissão: motorista. Filiação: José Viba e Anália Alves Martins. Sepultamento ontem.

Ari Muller Artigas, 59 anos. Filiação: Benedito Muller Artigas e Ezilda Muller Artigas. Sepultamento ontem.

Arilda Belao Simião, 69 anos. Profissão: do lar. Filiação: Walfrido Belao e Vitória Jess Belao. Sepultamento ontem.

Balbinia da Silva Oliveira, 85 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Rodrigues da Silva e Joana Rodrigues de Almeida. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo da capela número 01 do Cemitério Municipal Boqueirão, em Curitiba.

Clarice Ramos de Oliveira Santos, 71 anos. Profissão: apontadora. Filiação: Apolinário Ramos e Maria Ângela de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade I, saindo da capela mortuária do local.

Daymon Martins Lopes, 44 anos. Profissão: taxista. Filiação: Sinval Domingues Lopes e Adriana Martins. Sepultamento ontem.

Eliana Soares da Silva de Oliveira, 54 anos. Profissão: encarregada de serviços gerais. Filiação: Cícero Soares da Silva e Rosalina de Lima. Sepultamento ontem.

Elias Broseguini de Oliveira, 47 anos. Profissão: funcionário público municipal. Filiação: Ireneu Broseguini e Madalena de Oliveira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Igreja Assembleia de Deus de Terra Roxa.

Etelvina Batista Ciorcero, 93 anos. Profissão: funcionária pública federal. Filiação: Pedro Batista Pinto e Maria Batista da Silva. Sepultamento ontem.

Eunice Bercot de Brito, 68 anos. Profissão: costureira. Filiação: Waldir D. Bercot e Ana Henriques Bercot. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo da Igreja Quadrangular da Rua José Carlos de Macedo Soares, no bairro Xaxim, em Curitiba.

Fernanda Simões de Oliveira, 14 anos. Profissão: estudante. Filiação: Valdezildo Simões de Oliveira e Márcia Cristina dos Santos de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade I, saindo da capela mortuária do local.

Francisco Aparecido Chaves Modesto, 61 anos. Profissão: operador de máquinas. Filiação: Adão Modesto e Sebastiana Chaves Modesto. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans, saindo da Capela Lamenha Grande, em Almirante Tamandaré.

Gerson Lessa, 63 anos. Profissão: vigilante. Filiação: José Fioravanti Lessa e Maria Aparecida Moraes Lessa. Sepultamento ontem.

Gilberto Tim Lopes, 48 anos. Profissão: motorista. Filiação: Hamilton Lopes dos Anjos e Durvalina Maciel dos Santos. Sepultamento ontem.

Helena Ciszevska Kloss, 95 anos. Profissão: do lar. Filiação: Estanislau Ciszevska e Constância Ciszevska. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula.

Iris Fabro, 64 anos. Profissão: do lar. Filiação: Alfonso Tillmann e Helma Tillmann. Sepultamento ontem.

João Franco Sobrinho, 81 anos. Profissão: lavrador. Filiação: José Franco de Moraes e Maria Josepha Machado. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo do mesmo local.

José Albergoni, 64 anos. Profissão: operador de máquinas. Filiação: Pedro Albergoni e Maria Aparecida de Farias. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Mortuária de Japira (PR).

Juliana Gaona, 40 anos. Profissão: técnica em informática. Filiação: Sidney Prochno Gaona Júnior e Maria Clara Gaona. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde.

Júlio Cezar Alexandre, 59 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Ale Miguel Alexandre e Cecília Cordeiro Alexandre. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela número 01.

Lindaura Ribeiro dos Santos, 94 anos. Profissão: do lar. Filiação: Teresa Ribeiro. Sepultamento ontem.

Lisir Ribeiro dos Santos, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: Campolina Ribeiro dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque São Pedro.

Nelson Fornazari, 72 anos. Profissão: motorista. Filiação: Pedro Fornazari e Ana N. Fornazari. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Paróquia São Miguel, no bairro Novo Mundo.

Nelson Pereira Franca, 73 anos. Profissão: segurança. Filiação: José Rodrigues Franca e Ambrosina Pereira. Sepultamento ontem.

Olicio Ribeiro, 54 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Maximiano Ribeiro e Maria Sebastiana da Silva Ribeiro. Sepultamento ontem.

Osvaldo Hempel, 73 anos. Profissão: funcionário público federal. Filiação: Fernando Hempel e Natividade de Ramos. Sepultamento ontem.

Romualdo Vallertt Ferreira, 72 anos. Profissão: instalador. Filiação: Bento Ferreira e Joana Olinda Vallertt. Sepultamento ontem.

Romulo Humberto Possidente, 92 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Humberto Possidente e Teodora Froste Possidente. Sepultamento ontem.

Salete Castro da Silva, 54 anos. Profissão: do lar. Filiação: Dario Castro de Souza e Terezinha Castro da Silva. Sepultamento ontem.

Samuel Reche Garcia, 62 anos. Profissão: do lar. Filiação: Cícero Gomes de Oliveira e Irma de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo da Capela Jardim Paranaense.

Sidney de Souza do Carmo, 61 anos. Filiação: Apparecido Leardine do Carmo e Walkiria de Souza do Carmo. Sepultamento ontem.

Siumara Stefanovicz, 46 anos. Profissão: estudante. Filiação: Miguel Stefanovicz e Terezinha Miguel Stefanovicz. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.

Solange Ribeiro, 56 anos. Profissão: diarista. Filiação: Demerval Pinto Ribeiro e Iris Neves Ribeiro. Sepultamento ontem.

Thayna de Lima Nogueira, 17 anos. Filiação: Marcos Messias Nogueira e Andreia Brito de Lima. Sepultamento ontem.

Theodoro Landal, 90 anos. Profissão: policial civil. Filiação: Cícero Leopoldo Landal e Heldina Landal. Sepultamento ontem.

Vanderlei da Silva, 37 anos. Filiação: José da Silva e Sirina Maria da Silva. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de residência.

Vanio de Oliveira, 70 anos. Profissão: gerente. Filiação: José Francisco de Oliveira e Manuela Carlota de Oliveira. Sepultamento ontem.

Vitor Artigas, 55 anos. Profissão: operador. Filiação: Victorino Artigas e Emília Rocha Artigas. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo da capela número 02.

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