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| Foto: Karim Sahib/AFP

Na casa da pedagoga Cristina Rodrigues, a disputa entre o Android, sistema operacional da Google, e o iOS, da Apple, não chega a causar uma briga entre os integrantes da família. Mas, ainda assim, as preferências entre os sistemas são levadas a sério.

“Acho válido ter várias empresas. Só assim cada um consegue usar o que achar melhor. Eu, por exemplo, prefiro o Android, porque tem mais opções de aplicativos e, assim, você consegue ter mais acesso a diferentes tipos de conteúdo. Mas meu filho, o Felipe, prefere o iOS, da Apple, porque acha melhor. Mas eu não gosto, pois fica muito restrito”, diz ela, lembrando que seu pai, Carlos Alberto, também tem um aparelho Android.

Os exemplos apontados por Cristina são endossados por especialistas. Uma das principais questões é a diferença do volume de aplicativos entre as empresas. No caso da Google, há mais opções. Além disso, especialistas ressaltam que a transferência de músicas, contatos, fotos e até filmes de um iPhone para um celular de outra marca pode não ser uma tarefa tão simples. O usuário ainda consegue redesenhar o Android, o que não acontece no iOS, mais fechado. Porém, dizem especialistas, o comando de voz da Apple, o Siri, funciona melhor que o Google Now.

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Para Diego Silva, analista do mercado de celulares da consultoria IDC, o diferencial competitivo da Google é estar presente em modelos de diversos fabricantes.

“Com isso, consegue ter mais capilaridade e ser mais popular, diferentemente da Apple, que só tem o seu iOS em um aparelho. O sucesso do Android está associado ao fato de sua plataforma ser aberta. Isso permite que os desenvolvedores criem aplicativos de diversas naturezas e com maior facilidade. O usuário vem adquirindo expertise a cada troca de aparelho. O celular é hoje o dispositivo em que o ser humano mais passa seu tempo”, diz Silva.

A advogada e professora Alcione Pagnoncelli é dona de um iPhone 6. O economista e consultor de empresas Dernizo tem um Samsung Galaxy S5. Ela elogia a duração da bateria do celular; ele ressalta o fato de poder transferir arquivos sem depender de uma só empresa.

“Já tive celulares da Motorola e da Nokia e hoje tenho um iPhone. Meu filho tinha iPhone e gostava muito. Ele sempre me falava sobre as vantagens do aparelho. Comprei um e adorei. A bateria dura bastante, a qualidade das fotos e vídeos é maravilhosa e é muito fácil de usar. Mas tem pontos fracos. Quando a bateria fica ruim, você tem que comprar outro aparelho. Não posso trocar só a bateria. Cada aparelho da Apple pede um cabo, não posso baixar música direto no aparelho, tenho que pôr primeiro no computador”, diz ela.

Já Dernizo optou por um modelo em que a plataforma é mais aberta: “Sempre tive celular da Motorola e depois Nokia. Como acompanho o mercado mundial, decidi mudar para a Samsung, que é a marca mais popular do mundo. Escolhi o modelo para poder expandir a memória, trocar a bateria quando acaba, poder conectar meu celular em dispositivos no meu computador sem depender de uma só empresa. Além disso, o custo dos acessórios é menor. Agora, por ser aberto, pode ter mais riscos de entrada de vírus”.

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