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Ao comentar nesta sexta-feira (13) sobre a polêmica “pílula do câncer”, o novo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), primeiro reforçou o chamado “efeito placebo” em pacientes. “A fé move montanhas”, afirmou ele. Em um segundo momento da entrevista com os jornalistas, preferiu ser mais cauteloso, ao ser questionado novamente sobre o assunto.

“Não tenho opinião técnica sobre isso. Há uma divergência dos médicos sobre isso”, disse ele, que, com vasta experiência no Congresso Nacional, não tem familiaridade com a área da Saúde.

O uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna, conhecida como “pílula do câncer”, foi autorizado pela lei 13.269, sancionada neste ano pela presidente Dilma. Mas o assunto abriu polêmica. No mês passado, a Associação Médica Brasileira (AMB) protocolou uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão imediata da lei.

Questionado sobre eventual regulamentação da lei por parte do governo Temer, Barros disse que aguarda estudos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Nós temos que ter certeza que, na pior das hipóteses, não faça mal a ninguém. E a Anvisa está tomando todas as providências”, disse ele.

Política

Deputado federal eleito pelo Paraná em 2014 e agora licenciado, Barros foi indicado pela bancada do PP, que tem cerca de 50 parlamentares, uma das maiores da Câmara dos Deputados. Engenheiro civil por formação e deputado federal por cinco mandatos, Barros disse que compensará a falta de familiaridade com a área da Saúde chamando “técnicos”. Em sua primeira coletiva para falar da Saúde, Barros chamou dois médicos que o acompanharam durante toda a entrevista.

Apesar disso, confirma que está lá a partir de uma indicação política cujo objetivo é viabilizar uma base de sustentação no Congresso Nacional ao governo Temer e que os cargos de direção dentro do Ministério da Saúde serão definidos com o auxílio da Casa Civil. “A Casa Civil nos orientará sobre a manutenção ou não de diretores [do Ministério da Saúde] por conta desta articulação política”, disse ele.

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