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Olimpíada Brasileira de Robótica incentiva a criação de robôs para serem utilizados em situações de resgate de vitimas de desastre. | Mariana Rudek/Gazeta do Povo
Olimpíada Brasileira de Robótica incentiva a criação de robôs para serem utilizados em situações de resgate de vitimas de desastre.| Foto: Mariana Rudek/Gazeta do Povo

No futuro, o resgate de vítimas em incêndios, desabamentos ou desastres naturais deverá ser feito por robôs. E pensar em como poderão ser essas máquinas é a proposta da Olimpíada Brasileira de Robótica de 2015 (OBR-2015). O desafio, lançado a jovens de ensino fundamental e médio de todo o país, envolveu 120 equipes do estado nas etapas regionais paranaenses da Olimpíada, realizadas nas cidades de Cascavel e Irati, no último fim de semana.

Os participantes de 9 e 19 anos foram divididos em duas categorias.Na competição, eles tiveram de desenvolver protótipos de robôs para resgatar vítimas – que foram representadas por bolinhas de isopor. Cada projeto deveria ser capaz de realizar a tarefa sozinho, sem acionamento remoto. No meio do caminho, havia obstáculos a serem superados. Depois de subir a rampa, o robô deveria ser capaz de encontrar a vítima, e colocá-la em local seguro.

No Paraná, desde 2013, o evento é encabeçado pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR). No primeiro ano, apenas 18 equipes disputaram a vaga paranaense, em 2014 aumentou para 88 equipes e agora são 120. Esse crescimento fez com que de uma vaga na competição nacional, o estado passasse a ter direito a duas em 2015. Cerca de 30 equipes vão disputar o campeonato estadual, que será realizado no dia 25 de julho em Curitiba. Os dois vencedores vão para a final nacional, em Uberlândia (MG).

“O nível de dificuldade neste ano está maior. Nas competições anteriores, os robôs precisavam apenas empurrar uma lata, ou erguer. Agora, precisa resgatar as bolinhas e elas não ficam em pontos fixos do circuito”, apontou o professor de programação de jogos do IFPR de Curitiba, Marcos Laureano, que também é um dos organizadores das competições no estado.

Cada equipe recebeu a orientação de um professor, chamado de técnico. “Mas os alunos é que são responsáveis por todo o projeto”, disse Laureano. “Meu papel foi mesmo de tirar dúvidas. Sempre acabava respondendo as perguntas deles com outra pergunta, justamente para desenvolver neles a curiosidade e incentivar a pesquisar e superar os desafios de cada etapa”, contou o técnico Ricardo Bergamon, que é professor de mecânica no campus do IFPR da cidade de Jacarezinho (município do Norte Pioneiro).

Inclusão científica

Além da competição, a Olimpíada de Robótica é uma oportunidade de inserção dos adolescentes no universo científico. “É uma verdadeira alfabetização científica. Porque coloca os alunos do ensino fundamental e médio em contato direto com a produção de ciência”, disse o diretor de empreendedorismo e inovação do IFPR, Ariel Scheffer da Silva.

“Os alunos perdem o medo de buscar o conhecimento e aprendem todo o processo. Acredito que saem dessa experiência muito mais preparados”, contou o coordenador de curso superior do IFPR de Irati, Arilindo Luis Marcon Junior.

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