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Paralisação dos agentes penitenciários  segue até esta quarta-feira | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Paralisação dos agentes penitenciários segue até esta quarta-feira| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A paralisação dos agentes penitenciários nas unidades prisionais do estado termina nesta quarta-feira (1) . Com o fim do movimento, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) fará reuniões para avaliar a paralisação e também irá agendar uma assembleia. Segundo o Sindarspen, uma greve da categoria não está descartada.

Os servidores cruzaram os braços e restringiram o atendimento aos presos desde a segunda-feira (30). A categoria parou serviços após a morte de um agente dentro do Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (CRAG), que ocorreu no dia 15 de março, e de outro agente na cidade de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que trabalhava em São José dos Pinhais, também na RMC. Com a paralisação, somente serviços médicos essenciais, acesso à alimentação e à escolta para audiência são mantidos pelos agentes nos presídios. Assistências jurídicas, cursos educacionais e banho de sol foram suspensos e só voltam ao normal na quinta-feira (2).

Os membros do movimento reclamam de falta de segurança para os agentes, em especial dentro das penitenciárias. Segundo a vice-presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, faltam a categoria precisa da contratação de pelo menos 1,2 mil agentes penitenciários para suprir a demanda dos presídios, que concentram 30 mil apenados. Atualmente, o estado tem 3,3 mil servidores para cuidar dos presídios. Ainda segundo Petruska, os agentes reivindicam revitalização dos presídios e que as unidades comportem presos somente de acordo com a capacidade. “Não temos investimentos no sistema prisional e estamos falando de segurança pública”, diz.

As reuniões entre os membros da categoria para avaliar a paralisação ocorrem durante esta semana e o sindicato deve convocar uma assembleia. “A possibilidade de greve existe e é grande porque os agentes estão descontentes com essa situação”, afirma Petruska.

Sobre a questão da segurança dos agentes penitenciários, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp-PR) informou, por meio da assessoria de imprensa, que analisa e revisa os projetos e contratos feitos para a ampliação de oito unidade prisionais e a construção de 12 novos presídios no Paraná, para que se aumente a capacidade do sistema penitenciário. Os projetos, segundo o órgão, estavam em andamento na Secretaria de Justiça (Seju) até o ano de 2014, quando a pasta ainda cuidava no Departamento de Execução Penal (Depen). Entretanto, com a mudança do departamento para a Sesp, ocorrida em janeiro de 2015, a Secretaria de Segurança chamou engenheiros para reavaliar os projetos e realizar possíveis mudanças e melhorias. A pasta, contudo, não deu previsão para finalizar essas análises.

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