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Em União da Vitória, no sul do estado, desde a segunda-feira (18) alunos do ensino fundamental e médio retornam às salas de aula. Os professores também estão voltando, mas ainda num ritmo lento.

Por aqui, segundo levantamento do Núcleo Regional de Educação (NRE) das 13 escolas, seis estão com funcionamento normal e outras sete continuam com atendimento parcial.

O motivo de tanta incerteza é, em especial, a pauta de negociações. Como é o caso de alguns servidores da Escola Estadual Neusa Domit, no Distrito de São Cristóvão. Por lá, segundo a vice-diretora Gisele Padoan, o retorno para as aulas é tímido. Isso se deve justamente a pauta de discussões. “O objetivo da maioria aqui era ter ficado em greve em virtude da nossa previdência [Paranaprevidência], e como já foi votado e já está na Justiça tem de esperar todo o trâmite. Então não tinha necessidade de ficar esperando a questão dos 8% porque a gente nunca parou por isso”, declara. “Entendemos que quem tem de negociar a questão salarial é o sindicato [APP], não tem necessidade de estarmos parados esperando a negociação”, explica. O Neusa Domit tem 24 funcionários e 46 professores. Desses, mais de 80% voltaram ao trabalho no dia 18.

No restante dos municípios assistidos pelo NRE, 13 escolas mantém a paralisação, 14 com atendimento parcial e cinco com atendimento normal.

Ensino privado

Ainda em União da Vitória alunos do ensino público migraram para escolas particulares. O colégio com maior adesão foi o Sesi. Conforme o diretor Júlio Cesar, 18 alunos foram matriculados nesse segundo momento da greve. No entanto outros estudantes já haviam se matriculado em fevereiro, quando teve início a primeira paralisação. “Houve o apoio dos pais na greve, mas eles nos disseram que o prejuízo é tão grande quanto o apoio aos professores por isso decidiram trocar seus filhos de escola”, comenta

No Sesi os alunos têm de cursar aos sábados o projeto Super Liga, que é uma espécie de reforço para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As aulas duram quatro horas e essa carga horária é obrigatória para concluir o ano. “Nosso método é diferente de outras escolas. Aqui temos 1200 horas nos trabalhos enquanto nas escolas normais eles trabalham com 800 horas”, explica o diretor.

Outras duas escolas particulares que atendem o ensino médio também receberam alunos pós greve ainda nesta semana. Ao todo foram dez alunos – quatro no Coltec e seis no Colégio Visão - mas a especulação ainda é grande. “Recebemos quatro alunos, todos do terceiro ano, mas tem pais que estão pesquisando preço. Acredito que ainda vamos receber mais gente”, adianta Isabela Xavier, secretária do Colégio Técnico de União da Vitória (Coltec).

Por lá os estudantes que migraram do público ainda estão em fase de adaptação e, conforme for o desenvolvimento em sala de aula, não terão de repor conteúdo. “Tudo vai depender do empenho deles. Se eles quiserem nós estamos dispostos disponibilizar nossas semanas de férias em julho para que tenham aula”, afirma Isabela.

Já no Colégio Visão foram seis novas matrículas. O modelo é o mesmo: de adaptação. Conforme a diretora nem todas as notas foram recebidas, mas nenhum aluno vai ser prejudicado ou ficar sem atendimento.

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