O setor de bares e restaurantes reagiu imediatamente à declaração do prefeito eleito Rafael Greca (PMN) de que Curitiba poderia determinar um horário máximo para fechar esses restaurantes. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao colunista Reinaldo Bessa, da Gazeta do Povo.
Segundo Greca, a “balada” poderia se encerrar à meia-noite em Curitiba, por motivos de segurança. O prefeito eleito citou exemplos de outras cidades que já fariam isso com sucesso.
“Vamos fechar os bares mais cedo. Para que haja um tempo para lavagem e limpeza da cidade e para o repouso dos moradores. Se a balada começa às seis da tarde, pode terminar à meia-noite. É assim em Londres, em Paris, em Berlim. Não precisa o bar ficar aberto a noite toda. Até porque não rende, ficar aberto na hora da fuzarca, da transgressão. Isso só serve pro traficante”, afirmou.
Questionado sobre a declaração, o presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Marcelo Woellner Pereira, disse achar “estranho” que Greca não tenha comentado nada sobre o assunto durante a campanha eleitoral.
“Tivemos uma reunião do trade turístico com ele e não houve uma palavra sobre isso”, afirma, dizendo que o setor certamente vai reagir caso o prefeito eleito leve a proposta adiante. “O problema da falta de segurança não é culpa de bares e restaurantes. O que falta é policiamento, fiscalização”, disse.
Pereira diz que os dados de outras cidades brasileiras que adotaram horário de fechamento para o comércio mostra que isso não resolveu o problema da segurança. “Pelo contrário. Eu, por exemplo, tenho um estabelecimento que funciona 24 horas. Mantenho seguranças e nunca houve um incidente grave sequer. Até o fato de haver gente constantemente ali torna a região mais segura. Quem vai roubar um carro com todo mundo olhando?”, diz.
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