Aterro da Caximba vai receber lixo de grandes geradores até o dia 15 de abril

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O aterro sanitário da Caximba vai receber os resíduos dos grandes geradores de lixo (supermercados, shopping centers e fábricas, por exemplo) de Curitiba e região somente até o dia 15 de abril. A data foi definida pela secretaria municipal do Meio Ambiente de Curitiba. Depois desse prazo, o aterro não receberá o lixo de quem gerar mais de 600 litros de resíduos por semana.

Esses estabelecimentos terão que encontrar alguma alternativa para a destinação e tratamentos dos resíduos. O dia 15 de abril foi escolhido em função do vencimento dos prazos dados pela Prefeitura de Curitiba e pelo Ministério Público para que os grandes geradores encontrassem outro local ou forma de tratamento do lixo. O esgotamento da capacidade do aterro da Caximba de receber resíduos também foi um fator que pesou na decisão.

Segundo informações da assessoria da prefeitura, atualmente, 10% do lixo encaminhado diariamente ao aterro são de grandes geradores. "A prioridade é atender a população com o lixo residencial, e tendo em vista os entraves judiciais que atrasaram a abertura da licitação para implantar o novo sistema de aproveitamento de lixo, que irá resolver a situação não apenas de Curitiba, mas de outros municípios da região metropolitana, essa e outras medidas estão sendo adotadas pela prefeitura no sentido de prolongar o uso do aterro da Caximba", disse o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, ao site de notícias da prefeitura.

Os estabelecimentos também devem apresentar à Secretaria do Meio Ambiente seus planos de gerenciamento de resíduos. Quem já apresentou deve complementar os planos, indicando a nova forma e local de tratamento do lixo. Pela legislação ambiental em vigor, os grandes geradores são responsáveis pelo transporte e tratamento final dos resíduos resultantes de suas atividades.

Licitação do lixo

Quatro consórcios e duas empresas individuais continuam no processo de licitação que irá implantar o novo Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar) de Curitiba e outros 15 municípios da região metropolitana. O Sipar vai substituir o aterro da Caximba. No dia 12 deste mês foi publicada a classificação das propostas técnicas dos concorrentes.

A intenção é que o Sipar funcione como uma indústria, em que o lixo seja a matéria prima. O Sipar vai reciclar, transformar em adubo e em material energético as aproximadamente 2,4 mil toneladas de lixo geradas diariamente pela população de Curitiba e de outros 15 municípios que hoje vão para o aterro da Caximba.