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As audiências de conciliação do Metrô e da CPTM com seus funcionários terminaram sem acordo na tarde desta segunda-feira (25) na capital paulista. As categorias devem fazer assembleias nesta terça (26) para decidir se entrarão em greve ou se aguardarão a continuidade das negociações.

No caso do Metrô, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) propôs na reunião desta segunda um aumento de 8,82% à categoria - 7,21% do IPC/Fipe (de maio) e mais 1,5% de reajuste real. O mesmo aumento seria aplicado também para vale-refeição, vale-alimentação e PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos).

O percentual é superior ao 7,21% proposto pelo Metrô e inferior ao reivindicado pelos funcionários, que apontam reajuste de 18,64%, além de aumento na cesta básica, vale-refeição, reintegração dos trabalhadores demitidos em 2014 (como decorrência da última greve), redução da jornada de trabalho de 40 horas para 36 horas.

Os representantes agora deverão encaminhar a proposta do TRT para análise do Metrô. No caso dos funcionários, já estava marcada para a noite desta terça uma assembleia para discutir uma possível greve já a partir de quarta-feira (27).

Apesar do início da greve ter sido determinado já na semana passada, o Tribunal pediu que a categoria permaneça em estado de greve, sem qualquer paralisação efetiva, enquanto persistirem as negociações.

Procurado, o presidente do sindicato dos metroviários, Altino de Melo Prazeres Junior, afirmou que a proposta do TRT “não era o que o sindicato queria, mas é melhor do que a empresa estava proposto”, mas destacou que a decisão da greve será tomada por todos os trabalhadores, na assembleia.

O último reajuste salarial dos metroviários, de 8,7%, ocorreu no mês de junho do ano passado.

CPTM

Também foi realizada nesta segunda a audiência de conciliação entre representantes da CPTM e funcionários da empresa, que também ameaçam entrar em greve a partir de quarta.

Nesse caso, o TRT propôs 8,25% de reajuste para salários e de todos os benefícios, sendo 6,65% referem-se ao IPC/Fipe (de março) e mais 1,5% de produtividade.

Os números agora serão analisados pelas duas partes. A CPTM ofereceu reajuste de 6,65%, que foi rejeitado pela categoria, que reivindica 7,89% mais 10% de aumento real. Uma nova audiência já está marcada para esta terça.

Assim como os metroviários, os três sindicatos que representam funcionários da CPTM estão em estado de greve e uma assembleia marcada para a noite de terça deverá confirmar se haverá paralisação ou não.

O último reajuste da categoria, que tem data-base em março, aconteceu em maio do ano passado e foi de 7,5%. Na ocasião, o acordo com os funcionário foi fechado no dia anterior ao marcado para iniciar a greve da categoria.

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