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Após um mês do mutirão realizado pela Comissão de Segurança no Ciclismo (CSC-RJ) e a 10ª DP (Botafogo) para cadastro de bicicletas encontradas pela polícia, menos de dez pessoas compareceram à delegacia para buscar sua possível magrela.

“Cerca de seis pessoas apareceram, mas ninguém conseguiu recuperar o que dizia ser seu. Algumas entraram em contato por e-mail e estamos aguardando”, contou Bárbara Lomba, delegada-titular da 10ª DP.

A ação motivou que mais delegacias entrassem em contato com a Comissão para também terem seus depósitos incluídos no site do Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas.

“Fomos procurados pela 14ª DP (Leblon) e pela Divisão de Homicídios da Capital, na Barra. Ainda não estivemos nessas outras duas porque é um trabalho feito por voluntários e precisamos de pessoas disponíveis. Temos mais de 200 bicicletas no Leblon”, explica Raphael Pazos, presidente da CSC-RJ.

Ainda que a procura seja pequena em Botafogo, diante das 75 bicicletas guardadas na delegacia, a surpresa ficou por conta da maioria das pessoas terem procurado as autoridades para registrar os crimes.

“Nós incentivamos que as pessoas continuem comunicando à Polícia sobre esses casos e, se possível, enviem fotos da bicicleta para o nosso e-mail”, disse a delegada Bárbara, adiantando que futuramente os policiais vão ter login no Cadastro Nacional.

Para reaver o bem, o proprietário precisa apresentar nota fiscal de compra da bicicleta, registro de ocorrência do roubo ou furto, número de série e, se possível, fotos que comprovem a posse assim como a descrição de características.

A apresentação de tantos documentos pode ser considerada mera burocracia, mas para Pazos é uma necessidade.

“O processo é burocrático e assim tem que ser. Soubemos de pessoas que tentaram retirar bicicletas que não eram suas. Não há o costume de guardar a nota fiscal e o número de série era desconhecido de muitos, agora temos a chance de criar uma cultura”, analisa.

Destino para as magrelas ‘desamparadas’

Desde março, tramita na Alerj um projeto de lei para destinação de bicicletas apreendidas no Estado do Rio. A proposta de autoria da deputada Martha Rocha prevê que finalizados processo de identificação do dono ou investigações, a bicicleta poderá ser encaminhada para outros usos.

“Se ninguém reivindicar a posse, ela poderá ser doada para uma entidade sem fins lucrativos ou, por exemplo, ser usada no ciclopatrulhamento de vias da cidade”, comenta Pazos.

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