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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Quem passou pelo calçadão da rua XV de Novembro na tarde dessa quarta-feira (29) se deparou com uma cena inusitada: mulheres acorrentadas, presas em pequenas gaiolas ou trancadas em malotes. A encenação faz parte da Campanha Coração Azul, das Organizações das Nações Unidas (ONU), que promove ações de conscientização sobre o tráfico de pessoas a propósito do Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, celebrado em 30 de julho. Ações têm sido realizadas em parceria com a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) desde o início da semana.

O tráfico humano é crime e está associado a diversas outras violações de direitos humanos. É motivado por diferentes propósitos, como exploração sexual, trabalho escravo, mendicância forçada, servidão doméstica e retirada involuntária de órgãos para transplante. Segundo a ONU, o tráfico de pessoas movimenta anualmente 32 bilhões de dólares em todo o mundo. Desse valor, 85% provêm da exploração sexual.

De acordo com a Seju, o Paraná não figura entre os estados brasileiros com elevado número de vítimas – embora a estatística possa estar distorcida, uma vez que o tráfico humano ainda é um “crime invisível” devido às poucas denúncias. Ainda assim, foram apurados casos de adoção ilegal de crianças enviadas para outros países e de aliciamento de mulheres para exploração sexual.

Entre janeiro e junho de 2015, o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná (NETP/PR) atendeu 12 denúncias entre janeiro e junho de 2015. Entre os casos investigados estão denúncias de exploração sexual, adoção ilegal, exploração sexual com cárcere privado e trabalho em condição análoga a de escravo.

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