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A presidente da Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Eduarda Mourão, elogiou nesta sexta-feira (1.º) a decisão de Luiza Brunet de denunciar publicamente a agressão cometida pelo seu ex-namorado, Lírio Albino Parisotto. Para a advogada, a atriz está colaborando para que outras mulheres vítimas de violência doméstica também possam denunciar e procurar os órgãos responsáveis.

Após denúncia de agressão, Justiça proíbe namorado de se aproximar de Luiza Brunet

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“Quando se trata de uma mulher de vida pública, famosa, com muitos fãs, e ela passa por essa situação, ter coragem é muito importante. Esse ato influencia positivamente as mulheres que precisam fazer o mesmo. A denúncia prova que a violência contra as mulheres está em todas as classes sociais, não se resume às classes mais baixas”, comentou Eduarda Mourão.

De acordo com a advogada, a cultura machista ainda é muito forte no Brasil, o que impede que mulheres agredidas procurem ajuda de alguma maneira. “Há um medo por conta da crítica da sociedade. Elas se calam, se silenciam, com receio de serem julgadas e criminalizadas, como acontece no Brasil”, disse Eduarda, destacando que o Brasil ocupa o posto de 5º país mais violento para mulheres, de acordo com o Mapa da Violência divulgado no fim do ano passado.

Namorado de Luiza Brunet diz que lamenta ‘versões distorcidas’

O empresário Lírio Parisotto, namorado de Luiza Brunet, divulgou nota nesta sexta-feira sobre a acusação de que agrediu a atriz e disse lamentar que “versões distorcidas venham a público”.

“Neste momento, venho a público lamentar que versões distorcidas sobre um episódio ocorrido na intimidade estejam sendo divulgadas como única expressão da verdade”, afirma a nota.

Parisotto acrescenta ter confiança de que o caso será esclarecido, mas não comenta diretamente as acusações feitas pela atriz.

“Embora compreenda a natural repercussão do caso pelas pessoas envolvidas, tenho a convicção de que, no momento e nas esferas legais apropriadas, todas as circunstâncias serão plenamente esclarecidas”, conclui a nota, assinada pelo empresário.

Como um dos pleitos da Comissão das Mulheres da OAB, está o pedido para que o Judiciário brasileiro seja mais célere na resolução de processos envolvendo a violência doméstica. “O Estado vem falhando nessa proteção, e assim se perpetua essa cultura que precisa ser eliminada do País. Se fosse mais rápido, o agressor iria perceber que não valeria mais a pena agredir”, comentou a presidente do colegiado. Hoje, a OAB tem representantes da comissão em todos os estados brasileiros, com o objetivo de fortalecer a rede de proteção feminina.

A advogada Eduarda Mourão ainda ressalta que as mulheres devem denunciar as agressões mesmo que tenham ocorrido há meses, como no caso de Luiza Brunet. A agressão contra a modelo teria ocorrido em 21 de maio, num hotel nos Estados Unidos. As vítimas podem procurar delegacias especializadas e também as seccionais da OAB, para pedirem orientação jurídica, orienta Eduarda.

Agressão

Segundo o relato de Luiza ao jornal O Globo, ela e o namorado estavam em Nova York por causa de uma premiação, e a atriz teve que voltar às escondidas após sofrer uma série de agressões, iniciada por um momento de exaltação de Parisotto. Enquanto jantavam em um restaurante com amigos, o empresário se enfureceu ao ser questionado se iria a uma exposição de fotos. Ele teria dito que não, pois da última vez havia sido confundido com Armando, ex-marido da modelo. A partir de então, ele se manteve em total descontrole.

“Fui para Nova York acompanhá-lo para o evento Homem do Ano. Saímos do restaurante e pegamos um Uber. Ao chegar ao apartamento, ele me deixou dentro do carro e subiu”, disse Luiza ao jornal.

Luiza diz ter subido para o apartamento logo na sequência e se deparou com Parisotto já de roupão assim que entrou na residência. A atriz afirma que ele iniciou uma série de agressões verbais e, em seguida, a acertou com um soco no olho e lhe disparou uma sequência de chutes. No relato, ainda consta que o empresário a teria imobilizado e quebrou quatro de suas costelas. O fim da tortura acabou quando a modelo ameaçou gritar pelo concièrge. Ela teria conseguido escapar e se trancou no quarto até a manhã do dia seguinte, quando retornou ao Brasil.

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