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Cinco ciclistas foram assaltados e pelo menos um foi mantido como refém por mais de uma hora na Trilha da Lagartixa, na Floresta da Tijuca, no Rio, no último domingo (3). Os assaltantes levaram bicicletas no valor de cerca de R$ 20 mil cada e carteiras, celulares e chaves dos ciclistas. Ninguém ficou ferido.

A trilha, que fica perto da favela do Borel, na Tijuca, zona norte da cidade, estava interditada justamente por falta de segurança - no dia anterior, sábado (2), três ciclistas haviam sido assaltados lá.

A vítima que foi mantida como refém foi levada até o Mirante do Excelsior, onde foi ameaçada pelos criminosos, que aguardavam a chegada de outros ciclistas.

O Parque Nacional da Tijuca é uma das maiores florestas urbanas do mundo - tem 39,51 km², cerca de 3,5% da área do município do Rio. Suas trilhas, cachoeiras, espaços de piqueniques e mirantes atraem mais de 2 milhões de visitantes por ano.

A floresta tem um histórico de insegurança - desde 2010, há registro de pelo menos cinco assaltos e em agosto de 2014 uma mulher foi estuprada perto do mirante da Vista Chinesa, um dos principais pontos turísticos da cidade.

Mas os crimes, que eram esporádicos, nos últimos meses se tornaram frequentes. Na semana passada, os diretores do parque marcaram um encontro do conselho gestor do parque, representantes de usuários, operadores turísticos e integrantes da polícia para discutir a situação de segurança.

A gestão do parque é feita pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro. Em nota, a PM informou que o policiamento será reforçado nos acessos ao parque, principalmente nos finais de semana.

“O Parque Nacional da Tijuca não está isolado do contexto de violência da cidade, tendo inúmeros acessos diretos a partir de áreas urbanizadas e por isso a administração do Parque considera importante que as instituições de segurança pública avancem no sentido de formar um grupamento especializado responsável pela segurança nas trilhas em ambientes naturais”, disse a administração do parque em nota.

Os crimes acontecem num momento em que um grupo de gestores de parques estaduais criam a Trilha Transcarioca, que tem conclusão prevista para 2016. Seus 180 km cortarão toda a cidade e passarão pela Floresta da Tijuca.

Segundo o diretor do grupo que gere a trilha, Dário Cicca, seu trajeto evita áreas mais perigosas da floresta, mas passa perto da Trilha da Lagartixa.

“A gente espera que, com o aumento no número de visitantes que o parque terá por conta da Transcarioca, a segurança aumente. Quanto mais visitado, mais seguro será”, diz Cicca.

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