• Carregando...
 | Niomar Pereira/Gazeta do Povo
| Foto: Niomar Pereira/Gazeta do Povo

A propriedade do empresário Eloy Biesuz, dono da empresa de táxi aéreo Helisul, localizada na comunidade de Barra Grande, em Itapejara D´Oeste, Região Sudoeste do Paraná, recebeu na semana passada mais um Boeing 737 para sua coleção. Agora são cinco aeronaves estacionadas no meio de uma lavoura de soja.

O primeiro deles, um Boeing 737-200 com capacidade para 110 pessoas, adquirido em 2014, foi reformado e está em pleno funcionamento. O avião pertencia à Vasp e foi arrematado em um leilão judicial por R$ 175 mil. Foram mais R$ 100 mil gastos no transporte, que levou 17 dias, desde o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília (DF), e aproximadamente R$ 200 mil na reforma. Os valores da nova aquisição, o Boeing 737-300, maior e com mais capacidade, não foram divulgados. Ele foi transportado da capital e levou oito dias para chegar. Voando, um Boeing 737 pode chegar a mil quilômetros por hora.

Fotos: Aviões e outros veículos

O empresário tem ainda no local três bimotores, um Learjet 24 – também em funcionamento - e a carcaça de dois Douglas DC-3. Os mecânicos da Helisul estão trabalhando permanentemente no local, mas não sabem qual a pretensão do empresário para o Boeing recém-chegado. O avião teve as asas cortadas e não deve ser recuperado como no modelo convencional. Uma das hipóteses é construir suítes dentro dele, contudo não é uma decisão consolidada.

Atração

O município de Itapejara D´Oeste tem pouco mais de 10 mil habitantes e a comunidade de Barra Grande fica praticamente na divisa com Francisco Beltrão. A propriedade de Biesuz, que ainda tem um tanque de guerra, se tornou atração na região. Muitos visitantes de outras cidades vão até o local para conhecer as aeronaves. O irmão do empresário, Moacir Biesuz, que administra a fazenda, disse que a família decidiu fechar as porteiras no final de semana porque o movimento era muito grande.

Fazenda da Barra Grande

A fazenda da Barra Grande, com 250 hectares, foi adquirida em 1971. Nela, a família produz soja, milho, feijão e reservou áreas para reflorestamento de pinus, eucalipto e araucária. Mas o gosto mesmo é pela aviação. “Os únicos que não são pilotos é eu e o meu irmão mais velho. O filhos, sobrinhos, todos já estão voando também.” Os Biesuz são em oito irmãos.

Além dos aviões, Eloy Biesuz tem gosto por veículos militares. Em uma oficina em Francisco Beltrão, guarda diversos caminhões e jipes que foram adquiridos do Exército Brasileiro e reformados. O irmão conta que uma locomotiva está sendo restaurada e será levada para a fazenda. Mais tarde tudo deve ficar exposto num único local.

Biesuz também está reformando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que era utilizado pela Presidência da República. A aeronave está sendo restaurada na sede de sua empresa de táxi aéreo em Foz do Iguaçu. O compromisso é restaurá-lo e deixá-lo para visitação como patrimônio histórico.

Gosto pela aviação

Eloy Biesuz nasceu em 23 de janeiro de 1954, na comunidade de Barra Grande, na juventude frequentou o Colégio Agrícola de Clevelândia. “Quando vinha nas férias, o Eloy visitava o médico Kit Abdala, que foi o pioneiro na aviação aqui no Sudoeste do Paraná. Foi ele quem trouxe o primeiro avião da região, veio voando dos Estados Unidos”, recorda Moacir Biesuz, que é um ano e quatro dias mais velho que o irmão. Eloy fez um curso e foi trabalhar como piloto em uma empresa do Rio Janeiro, depois acabou sendo transferido para Foz do Iguaçu. “Ali, com dois sócios, comprou um helicóptero e começou fazer voos panorâmicos, cada passeio era o piloto e dois passageiros sobre as Cataratas. Mais tarde a família ajudou um pouco e ele comprou a parte dos sócios.”

Fundada em 1972, a Helisul iniciou suas atividades na cidade de Foz do Iguaçu. A partir de 1979, expandiu seus serviços e suas bases por todo o território nacional. Atualmente tem cerca de 55 helicópteros e seis aviões que operam em diversos estados brasileiros.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]