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Aqui damos um mergulho ao ano de 1887. Essa foto foi feita em frente da residência e o engenho de erva-mate da família Fontana. A rua era de barro, as conduções eram carroças e o bonde de mulas, inaugurado naquele ano. Esse local seria hoje na Avenida João Gualberto | Acervo Cid Destefani
Aqui damos um mergulho ao ano de 1887. Essa foto foi feita em frente da residência e o engenho de erva-mate da família Fontana. A rua era de barro, as conduções eram carroças e o bonde de mulas, inaugurado naquele ano. Esse local seria hoje na Avenida João Gualberto| Foto: Acervo Cid Destefani
  • O automóvel sempre entusiasmou o curitibano, desde o surgimento do primeiro, em 1903. Em 1930, como mostra a foto, a Rua 15 de Novembro, na esquina com a Marechal Floriano, está lotada de automóveis e de pedestres
  • Em 1948, a Rua 15 de Novembro, esquina com a Dr. Murici, mostra ainda a presença de veículo com tração animal entre os automóveis em um passeio de domingo
  • A Rua 15 de Novembro foi alargada em 1965 acompanhando a largura da Avenida Luiz Xavier. Notam-se três faixas para o tráfego dos carros, espaço para estacionamento e amplas calçadas aos pedestres. A foto é de 1967
  • Com sol ou chuva, a população tem de se locomover a pé ou de condução. Nesse dia de julho de 1975, o ir e vir do curitibano foi abaixo de uma nevada. Foto da Rua Cândido Lopes, então com tráfego em dois sentidos
  • Para desafogar o Centro, várias ruas passaram a fazer sentido único em direção aos bairros. Na foto, a Rua Comendador Araújo com trânsito no sentido bairro-Centro, em 1970
  • Avenida Luiz Xavier e Rua Quinze em 1972. A presença dos automóveis chegava ao seu fim, dando lugar ao trânsito exclusivo para os pedestres

Curitiba, na década de 1950, era citada como a cidade que possuía mais automóveis que telefones. O fato se dava em razão de ser extremamente difícil se adquirir uma linha telefônica, sendo muitas vezes mais cara que o preço de um automóvel.

Atualmente, com as facilidades de créditos, a compra de um carro está ao alcance de boa parte dos curitibanos. Quanto aos telefones, após a entrada dos celulares, qualquer cidadão pode ter o seu; o custo de uma linha, tanto ao fixo residencial como para os portáteis, banalizou o seu uso, chegando ao ponto de cada cidadão, em média, possuir mais de um celular.

Tais facilidades geraram uma enxurrada tal de aparelhos sofisticados que vemos seus usuários manuseando-os onde quer que estejam, causando um congestionamento nas centrais que prestam serviços para as nossas comunicações. Existem momentos que a confusão é tão grande que as chamadas são remetidas para as caixas postais. Tem uma das companhias que usa gravações para justificar as ligações não completadas, até com o desplante de informar que o número digitado não existe. É o caos em nossas comunicações. Isso ainda agravado quando nas linhas pré-pagas são usados subterfúgios, como concursos, dicas e serviços não solicitados e que rapidamente engolem os valores pagos.

Curitiba inverteu a estatística da década de 1950. Hoje, a cidade tem o dobro de telefones em comparação com o número de automóveis. Em dezembro do ano passado, a quantidade de automóveis era estimada em um milhão e vinte mil carros para uma população de um milhão e oitocentos e cinquenta mil indivíduos. Ou seja, se todos habitantes de Curitiba fossem colocados nos veículos existentes, cada carro transportaria menos de duas pessoas. Como isso não acontece, o que vemos, principalmente nos horários de pico, são os coletivos abarrotados de passageiros e as ruas entulhadas de automóveis presos em congestionamentos. É o caos acontecendo em nossas ruas e avenidas.

Na tentativa de solucionar a locomoção dos cidadãos, as autoridades incentivam o uso de bicicletas, aumentam o número de táxis – que também ficam presos em congestionamentos –, as motocicletas costuram o trânsito ocasionando um número expressivo de acidentes com vítimas todos os dias e por toda cidade. Enfim, o que resta para o cidadão comum se locomover? Nada mais simples: continuar pedestre! Epa! Espere aí! Não podemos esquecer que ser pedestre em Curitiba é correr o risco de tropicar nas péssimas calçadas existentes, principalmente nas famigeradas cobertas de peti-pavés. Pois é, com caos ou sem, vamos continuar tentando chegar a uma solução que talvez venha por meio de um revezamento.

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