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Temos aqui a sequência de três fotos feitas no mesmo local em épocas diferentes.Esta primeira é do Boulevar 2 de julho em frente ao Passeio Público, em direção ao Alto da Glória, em 1900 |
Temos aqui a sequência de três fotos feitas no mesmo local em épocas diferentes.Esta primeira é do Boulevar 2 de julho em frente ao Passeio Público, em direção ao Alto da Glória, em 1900| Foto:
  • Esta segunda foto mostra a mesma rua já com o nome de João Gualberto. A imagem tomada do mesmo ângulo foi feita em 1915
  • Eis aqui o início da Avenida João Gualberto em foto feita do mesmo espaço das anteriores, já no ano de 2009
  • Bem longe do centro da cidade temos esta foto da Praça do Capão Raso, feita em 1958. Hoje o local está irreconhecível
  • Na década de 1930 Curitiba possuía uma infinidade de casas e prédios construídos em estilo europeu, como esta da foto junto ao antigo prédio do Clube Curitibano, na esquina da Rua XV de Novembro com Barão do Rio Branco
  • A fotografia, feita em junho de 1940, mostra a Rua Cruz Machado vista da Praça Tiradentes. O sobrado da esquina contrasta com a casa colonial do outro lado. Nada mais existe, apenas o prédio da Secretaria da Cultura ao fundo

A vaidade humana não tem limites, todos nós, de uma forma qualquer, queremos provar que não só vagamos por este mundo, mas que participamos na elaboração de alguma coisa, que fomos úteis, ou que simplesmente existimos em algum tempo sobre a face da Terra. A presunção de ficarmos lembrados para a eternidade faz com que muitos apaguem as lembranças do que foi feito no passado, para apenas validar a sua própria passagem por aqui.

Nada mais contundente para provar tais presunções do que a boçalidade de nossos políticos: quando não estão enredados em falcatruas estão se achando os melhores da raça humana. Com a finalidade de se apresentarem como os mais que perfeitos vão, sem cerimônia alguma, apagando os feitos de seus antecessores e em tal velocidade que juntamente destroem a memória popular. Razão pela qual nós, brasileiros, somos considerados um povo sem memória.

Em Curitiba a coisa não é diferente. A autofagia não permite que alguém tenha feito alguma coisa de bom, os defeitos estão sempre em realce. A crônica do genial e finado Jamil Snege com o título de "Como se tornar invisível em Curitiba", diz tudo; basta o indivíduo fazer algo importante para ninguém tomar conhecimento. Em contrapartida, basta uma escorregadela para os ditos "linguarudos" aumentarem o tamanho do tombo.

Na atualidade vivemos sob mentiras, criadas nos últimos 40 anos, sobre a memória urbana. O curitibano transita sobre um calçamento que pode ser considerado ultraperigoso e assim mesmo é louvado como tradicional da cidade, principalmente por quem desconhece como eram nossas calçadas e até chegou a escrever um livro sobre as mesmas ignorando suas origens. Como tem ádvena querendo ensinar aos curitibanos como tem que ser a cidade. Um exemplo disso está até na gastronomia. Um restaurante paulistano resolveu anos passados abrir uma filial por estas bandas, com seu maître desfilando pelas bocas noturnas e se jactando que tinham vindo para cá para ensinar os curitibanos a comer. Esse pessoal pensa que aqui é a terra onde devem procurar a Mãe Joana.

A Nostalgia tem apresentado, aqui na Gazeta do Povo, como eram os aspectos de Curitiba durante os últimos 140 anos, assim como os usos e costumes do seu povo. São imagens que mostram coisas que existiam e que foram construídas por curitibanos e por aqueles que escolheram a cidade para depositarem as suas benquerenças. Hoje temos mais uma série de fotos de coisas que desapareceram e que foram feitas por muitos que deste mundo já partiram, mas que também estiveram aqui.

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