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Nas areias lotadas a sensação é a mesma entre os comerciantes: o pessoal veio com  menos dinheiro para a praia. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Nas areias lotadas a sensação é a mesma entre os comerciantes: o pessoal veio com menos dinheiro para a praia.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O clima é de otimismo no Litoral paranaense. O primeiro dia de carnaval foi de sol e calor na região, o que levou muita gente para a praia logo cedo. O movimento nessas cidades é intenso e a possibilidade de tempo bom ao longo de todo o feriado empolga não apenas os turistas, mas principalmente os comerciantes locais. Para eles, o maior fluxo de pessoas nas orlas é a chance de aumentar os ganhos no fim da temporada.

A expectativa de tempo bom fez com que muitos hotéis já iniciassem o período de folia com capacidade máxima. Para a recepcionista do Hotel Villa Real, Renata de Bonfim, o movimento está acima do esperado e mostra que a crise não espantou as pessoas de festejarem na praia. E é exatamente isso que se vê na orla de Guaratuba: muitos turistas caminhando pela areia, famílias sob guarda-sóis e o comércio aproveitando para lucrar.

Dono de um restaurante à beira-mar, Rubimar Pedrotti se mostra otimista em relação às vendas nesse período de carnaval. Para ele, o tempo bom ajuda bastante, o que faz com que a expectativa para o período seja muito positiva. “Até terça-feira (28), esperamos tirar algo em torno de R$ 150 mil. Na sexta, conseguimos R$ 25 mil e a tendência é melhorar daqui pra frente”, conta o empresário.

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Para ele, esse bom resultado é reflexo da própria crise, que fez com que muitos turistas procurassem praias mais próximas para viajar com a família. “Como gastam pouco para viajar, acabam consumindo mais”, destaca Pedrotti.

O ambulante Marconi Pereira também torce para um carnaval movimentado para turbinar as vendas. Há 10 anos nas praias de Guaratuba, ele sabe que o calor realmente atrai o pessoal para a beira-mar , e essa é a sua oportunidade de vender mais uma canga ou saída de banho. “Com ou sem dinheiro, o pessoal vem para a praia no carnaval”, assinala Pereira. “Amanhã não vai dar nem para andar direito por aqui”.

Para ele, essa previsão otimista é necessária. “Esse ano foi bem fraco, então o carnaval vai ajudar a pagar as contas”, conta Pereira. Acostumado a uma receita diária entre R$ 250 e R$ 300, ele espera melhorar um pouco o resultado durante os próximos dias. “Vamos ver se sai R$ 400 por dia”.

Menos dinheiro no bolso

Apesar de os comerciantes estarem otimistas com as vendas neste feriado, todos eles concordam que os números devem ser menores do que os de 2016. Segundo Pedrotti, o movimento em seu restaurante na sexta-feira (24) foi menor do que no mesmo período do ano passado. “Outros comerciantes da região também acharam a sexta bem fraca”, conta.

Nas areias, a sensação é a mesma. Para Pereira, o pessoal veio com menos dinheiro para a praia. Ele não sabe dizer se é efeito da crise ou o fato de o carnaval ter caído no fim do mês, mas de uma coisa ele tem certeza: “o pessoal está caçando apenas aquilo que é mais baratinho e estão pechinchando muito mais”.

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