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O hospital conseguiu captar R$ 8,3 milhões – o equivalente a 53% do montante de R$ 15,6 milhões aprovados para implantação do projeto | Aniele Nascimento/Aniele Nascimento
O hospital conseguiu captar R$ 8,3 milhões – o equivalente a 53% do montante de R$ 15,6 milhões aprovados para implantação do projeto| Foto: Aniele Nascimento/Aniele Nascimento

A implantação de um sistema cirúrgico robótico proposta pelo Hospital Erasto Gaertner pode não virar realidade. Isso porque a instituição extrapolou o prazo para conseguir 60% da captação de recursos, meta da qual dependia sua autorização pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), do Ministério da Saúde.

Como funciona

O robô cirurgião, de nome Da Vinci, existe há mais de 15 anos e foi desenvolvido com o objetivo de realizar cirurgias à distância. Em hospitais onde já é utilizado, o médico cirurgião opera um console instalado na própria sala de cirurgia.

A tecnologia possibilita a realização de vários tipos de cirurgia, como as urológicas, ginecológicas, cardíacas, de cavidade oral e faringe e relativas à obesidade.

Vale destacar que o robô não executa nenhum movimento, ele apenas garante maior precisão aos movimentos realizados pelo médico cirurgião.

De acordo com o superintendente do Erasto Gaertner, Adriano Lago, o hospital conseguiu captar R$ 8,3 milhões – o equivalente a 53% do montante de R$ 15,6 milhões aprovados para implantação do projeto. Intitulado “Inovação do Centro Cirúrgico com Sistema Cirúrgico Robótico”, o programa prevê a utilização de um robô cirurgião e capacitação de equipe especializada para realização de cerca de 500 cirurgias oncológicas.

O dinheiro arrecadado até agora veio de doações com abatimento no Imposto de Renda (IR), tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Porém, como a meta de 60% não foi alcançada, o valor captado está retido no MS. Em sessão na Câmara dos Vereadores de Curitiba, o hospital pediu ajuda para que o montante arrecadado seja liberado pelo órgão.

“Os R$ 8,3 milhões garantem a compra do robô cirurgião e a realização de parte dos procedimentos cirúrgicos. O projeto ainda está vivo”, disse Lago.

Dificuldades

A dificuldade em captar o total de recursos estipulado pelo ministério foi informada ao Legislativo e, segundo Lago, às secretarias municipal e estadual de Saúde. “Não tivemos um retorno concreto de como a esfera pública pode nos ajudar. Inclusive, conversamos com o Adriano Massuda [secretário municipal], mas ele nos orientou a marcar uma reunião com o prefeito, que ainda não conseguimos”, informou Lago.

Os vereadores se manifestaram dispostos, mas reforçaram que a implantação do projeto depende também de vontade política.

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