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Alameda Doutor Muricy é um dos exemplos de “anda e para” da Área Calma | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Alameda Doutor Muricy é um dos exemplos de “anda e para” da Área Calma| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

O principal objetivo da redução dos limites de velocidade no trânsito é preservar vidas. Mas o anúncio da nova Área Calma de Curitiba, em setembro de 2015, veio acompanhado de outro alento para motoristas: a padronização da velocidade na região aliada à sincronização dos semáforos reduziria o estressante “anda e para” do Centro. A promessa, entretanto, ainda não foi cumprida. A prefeitura promete sincronização completa para até janeiro de 2017.

A reportagem da Gazeta do Povo circulou de carro pelas principais ruas do polígono acalmado (140 quadras com limite de até 40 Km/h) por volta das 11 horas da manhã de um dia de semana. Conseguimos passar pela almejada “onda verde” em apenas duas ruas: a André de Barros e a Inácio Lustosa. Nas demais, o “para e anda” persiste.

Confira o mapa das ruas que compõem a chamada “Area Calma”

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Houve casos em que foi possível andar apenas uma quadra. Na Rua Visconde de Nácar foi pior. Após descê-la por três quadras com o sinal verde, paramos no cruzamento com a Saldanha Marinho. Depois, uma quadra até a Alameda Doutor Carlos de Carvalho e vermelho novamente. Com o semáforo verde, mais duas quadras até a Rua Emiliano Perneta. Vermelho de novo. Enfim, mais uma quadra até o cruzamento com a rua André de Barros.

Outro teste realizado pela Gazeta do Povo antes da implantação da Área Calma comparou os tempos de deslocamento na região trafegando a 40 Km/h e nos limites anteriormente permitidos. O resultado foi favorável aos 40 Km/h, pois houve mais paradas em semáforos quando o trajeto nos limites despadronizados.

A secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli, reconhece que a situação precisa ser resolvida. “Temos 28 subáreas de semáforos na cidade e a área do Centro é a com mais subáreas. Quando mexemos no tempo [semafórico], tem de fazer a maior sincronização possível, porque a prioridade sempre será do pedestre. Colocamos mais de 500 pontos com [tempo de semáforo] para o pedestre [em toda a cidade] e isso obviamente muda para o carro. São mais de 1.250 equipamentos em Curitiba e tudo isso deve ser sincronizado, não só na Área Calma”.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, a previsão é de que toda a programação nos 300 semáforos dentro da região seja finalizada em janeiro de 2017. “A mudança tem de ser feita em um grande pacote e de uma só vez, pois todas as áreas dos semáforos estão muito próximas uma das outras”, disse a gestão municipal em nota. O texto salienta que já foram realizados os ajustes nos tempos dos semáforos de pedestres dentro do perímetro central.

Mais de 700 mil pessoas circulam diariamente por dia no polígono da Área Calma. Além disso, circulam pela região 200 linhas de ônibus – com 21 paradas.

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