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Eduardo Cunha (à direita)no momento em que recebe o pedido de impeachment contra Dilma. | Wilson Dias/Agência Brasil
Eduardo Cunha (à direita)no momento em que recebe o pedido de impeachment contra Dilma.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Com a presença de dissidentes da base governista, dos principais líderes das bancadas de oposição e de líderes de movimentos de rua que defendem a cassação de Dilma Rousseff, foi entregue na quinta-feira à Câmara dos Deputados um pedido formal de impeachment da presidente. O pedido, formulado pelo jurista Miguel Reale Jr. e por Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, foi apresentado diretamente ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A filha de Bicudo representou o pai no ato.

Adversário declarado do Planalto, Cunha abriu seu gabinete para o recebimento do texto. A imprensa foi liberada para acompanhar o ato. Todos os outros pedidos de impeachment –inclusive o original de Bicudo, que foi devolvido para correções formais– foram protocolados apenas nos departamentos técnicos da Câmara.

“Lutamos contra a ditadura dos fuzis, agora lutamos contra a ditadura da propina”, discursou Reale Jr. logo após passar às mãos de Cunha o pedido de impeachment. O advogado argumenta que irregularidades cometidas no mandato anterior são passíveis de serem usadas para questionar a atual gestão de Dilma. O jurista vinha elaborando parecer para embasar um pedido de impeachment encabeçado pelo PSDB. A oposição, porém, decidiu encampar o pedido de Bicudo e Reale. Em sua fala, a filha do ex-petista, Maria Bicudo, cobrou ética e coerência.

O pedido sustenta que Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal. Cita o escândalo de corrupção na Petrobras e as chamadas “pedaladas fiscais”, manobras do governo para adiar pagamentos e usar bancos públicos para cobrir as dívidas.

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