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 | Montagem/Antônio More e Henry Milléo/Gazeta do Povo
| Foto: Montagem/Antônio More e Henry Milléo/Gazeta do Povo

Muitos curitibanos não descartam a possibilidade de reeleger candidatos em 2018, mas apenas se os políticos passarem por uma avaliação minuciosa de histórico - especialmente aqueles que foram mencionados na Operação Lava Jato. Outra grande parcela dos cidadãos, no entanto, quer passar longe de políticos com experiência, em especial aqueles com uma longa carreira na área ou que venham de uma família com gerações de políticos. Foi o que mostrou uma enquete realizada pela Gazeta do Povo na última quinta-feira (23), com 20 pessoas escolhidas aleatoriamente na região central da cidade.

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No geral, o que se percebe é uma decepção com cenário e classe política atual e a vontade de votar no novo, ainda que a maioria das pessoas julgue que há dificuldades no processo de escolha de um político pouco conhecido - como ter acesso ao seu trabalho, por exemplo? Há também quem aponte que gostaria de ver alguém do ramo empresarial, como João Doria, ascender na política nacional, enquanto outros preferem anular o voto por estarem céticos com os políticos de modo geral.

Colaboraram Cecília Tümler e Mariana Balan

  • “Eu não votaria em uma pessoa envolvida na Operação Lava Jato porque ‘onde há fumaça, há fogo’. Votaria em um nome completamente novo para renovar o quadro de políticos do Brasil.” (Daniel Kalupnieks, 27, advogado)
  • “Não tenho meu voto definido ainda porque sou meio contra os políticos ‘de carreira’, pelo menos os atuais, que já estão por aí. Quanto aos novos, eu teria que conhecer bem, saber quem são, quais são os objetivos, sabe? Ter um embasamento para poder votar.” (Maria Koehler Mascari, 58, secretária)
  • “Não acho difícil escolher um nome menos conhecido [para votar]. Difícil é escolher dentre os que já estão no governo. Eu prefiro ‘atirar no escuro’ e escolher um político novo do que votar em um desses camaradas que estão aí.” (Paulo Maingue, 72, aposentado)
  • “Nunca votei antes, e eu quero evitar votar em pessoas mencionadas na Lava Jato. Mas também acho que eu teria que ir atrás do motivo para ele estar ali, porque acho que na operação tem algumas coisas que não estão tão certas assim. Temos que desconfiar de tudo.” (Gabriela Almeida, 18, estudante)
  • “No momento, a tendência é que eu escolha um nome novo para ver se a gente consegue dar uma reviravolta [na política] ou tentar acreditar que possa haver uma mudança. A gente pode estudar, conhecer as propostas, verificar a questão do ‘pedigree’ desse novo político.” (Alan Oliveira, 47, servidor público federal)
  • “Antes de votar em alguém envolvido na Lava Jato, faria uma análise do porquê está sendo investigado. Há um princípio de que até se chegar a uma condenação definitiva não há culpado. Mas, a princípio, gostaria de votar em alguém novo. Se não surgir, vou escolher alguém dentre os de carreira com uma plataforma política mais adequada ao que penso.” (Alexandre Chambó, 40, advogado)
  • “Eu não votaria em alguém envolvido na Lava Jato porque ter o nome ligado a algum tipo de investigação já me deixaria com o pé atrás. Provavelmente evitaria votar, exceto se não tivesse nenhum outro candidato. Consideraria até anular meu voto, nesse caso.” (Adeli Jasluk, 43, bancária)
  • “Eu só sei que no Lula eu não vou votar. Tem que ver quem vai se candidatar. A cada eleição fica mais difícil, porque a gente não tem muita opção. Vagamente aparece um candidato que valha a pena, mas daí ninguém vota nele.” (Marcus Camillo, 47, artista plástico e tatuador)
  • “Eu estou avaliando o pessoal que já está no governo, pra ver se estão fazendo um serviço bom para a sociedade. Pode ser [que eu vote em] algum nome que já esteja por aí, desde que trabalhe com honestidade. Mas também posso avaliar um novo, por que não?” (Paulo Henrique Francisco, 45, enfermeiro)
  • “Eu sou nova e passo por muitos desafios diariamente em situações em que as pessoas não confiam no meu trabalho pela minha idade. Da mesma forma, políticos novos podem estar querendo mudar as coisas e são da minha geração, então também precisam de uma chance.” (Camilla Maciel, 23, auditora)
  • “Eu votaria em um nome totalmente novo. Acho que seria difícil do político ser eleito, mas se as propostas são boas, se o cara é gabaritado pra isso e provou, pelo menos no meio privado, que tem competência, eu acho válido. Votaria sem medo.” (Luiz Henrique Palmieri, 28, bancário)
  • “Não votaria em quem foi condenado pela Lava Jato, mas sobre aqueles que foram apenas citados eu ia procurar saber sobre a pessoa. Quero analisar a trajetória dos candidatos para escolher uma boa referência.” (Ana Julia Nogueira, 18, estudante)
  • “As investigações no Brasil demoram muito e a gente percebe que praticamente todos os políticos, independente de quem seja, têm algum envolvimento [com corrupção]. Hoje eu prefiro políticos novos, votaria em políticos como o Dória, prefeito de São Paulo. Ele é um bom case.” (Renato Andrade, 30, bancário)
  • “Não votaria em pessoas com muita história na política e nem reelegeria. A gente vê gerações de pais, filhos e netos que estão na política, e aí continua tudo a mesma coisa. Não tem como mudar reelegendo, é preciso renovação.” (Régis Latoski, 41, administrador de empresas)
  • “Dificilmente votaria em quem já tem histórico. Acho que a gente tem que arriscar, inovar, porque ‘pior que tá não fica’. Eu gostaria mais de um político empresário, porque ele sabe bem o que todas as categorias precisam.” (Inês Bassarela, 59, aposentada)
  • “Eu sou contra carreira política, não vou reeleger. Mudança é necessária, o cenário atual não permite que sejam os mesmos sempre. Não tenho medo de votar em pessoas novas porque todo mundo tem que começar em algum lugar.” (Felipe Apolinario, 23, consultor tributário)
  • “Com o sistema político como está hoje, as pessoas se corrompem. Não são apenas os personagens que são sujos, mas o sistema como um todo. Então eu acho importante escolher pessoas novas, que não tenham família na política e pessoas que tenham alguma ligação com causas sociais.” (Cainã Rocha, 24, consultor de empresas)
  • “Prefiro votar em pessoas que tenham algum tipo de histórico positivo porque eu sempre acompanho o que eles já fizeram, com o que se engajaram. Assim como quando você vai contratar alguém para a sua empresa você olha o currículo da pessoa. Mas não precisa ser um histórico na política, pode ser em outras áreas.” (Luciane Romanio, 33, estudante)
  • “A corrupção está deixando a gente de saco cheio. Eu estou até sem vontade de votar, porque fico com a impressão de que praticamente todos os políticos estão envolvidos com corrupção. Pretendo votar nulo.” (Adriel Proença, 34, barbeiro)
  • “Eu considero bastante a carreira política, talvez até reelegesse, mas dou preferência pra pessoas novas. Se o país está na situação que está hoje, com tantos aspectos negativos, as pessoas que têm carreira política com certeza participaram disso, direta ou indiretamente.” (Rodrigo Tedeschi, 24, auditor)
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