Se as instalações das primeiras fábricas no Paraná devem-se às iniciativas particulares, centradas na produção da erva-mate, nos anos seguintes políticas públicas começaram ser implantadas no estado para incentivar a industrialização. A ideia era levar fábricas para outras localidades, que não fosse apenas Curitiba.
No entanto, o historiador Renato Carneiro chama a atenção para o fato de que logo após a Depressão, de 1929, o café também entrou em crise. “Esse período foi de estagnação, com produção de todos os bens voltada ao mercado interno”, explica.
Café
A produção do café, especialmente no Norte do Paraná, retornou como protagonista da economia do estado em meados de 1935. Foi nesse período que o governo se preocupou em melhorar a ligação entre o Norte do Paraná com o resto do estado. Por isso, em 1940, seguindo uma política nacional de industrialização de Getúlio Vargas, o interventor Manoel Ribas inaugurou a Estrada do Cerne, ligando o Norte ao Sul do Paraná.
Vale apontar que o café legou, inclusive, um expressivo parque industrial dedicado à torrefação e à moagem do produto, conforme escreve o pesquisador Dennison de Oliveira.
Posteriormente, os governos de Moisés Lupion (1947-1951 e 1956-1961) e Bento Munhoz da Rocha (1951-1955) também pensaram em modernizar o estado.
“Eles preparam grande parte de subsídios de infraestrutura, como usinas e estradas para o estado”, aponta Carneiro. Esse processo coincide com os planos de crescimento econômico do Brasil, capitaneado pelo então presidente Juscelino Kubitschek. A partir dos 1960, já com Ney Braga a frente do governo, o Paraná começou a traçar uma política de descentralização das indústrias.
“Com ele é que veio a Repar [Refinaria Getúlio Vargas] e, mais tarde, veio a CSN [Companhia Siderúrgica Nacional]. A industrialização passou a ser uma tendência nacional e ela passa a se espalhar para as diversas regiões do estado”, diz Carneiro.
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