• Carregando...
No auge dos protestos contra o governo, servidores já pediam a reposição integral da inflação como reajuste salarial. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
No auge dos protestos contra o governo, servidores já pediam a reposição integral da inflação como reajuste salarial.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O governo recebeu da base na Assembleia Legislativa (Alep) duas propostas de reajustes salariais aos servidores que contam com o aval dos parlamentares. Em uma delas, o reajuste contempla os 8,17% da inflação dos últimos 12 meses, mas o valor seria pago em quatro vezes nos meses de julho e setembro, em 2015, e janeiro e março em 2016. Na outra, o valor a mais nos salários seria de 3,45% correspondente à inflação de maio a dezembro de 2014, pagos em setembro. Nesta última, o valor faltante em relação à inflação dos últimos 12 meses seria quitado em janeiro, junto com outra medida: a antecipação da data-base.

Veja como está a situação de cada categoria em relação à greve geral

As propostas foram apresentadas na manhã de terça-feira (26), em uma reunião com 23 deputados da base do governo e o secretário da Casa Civil, Eduardo Sciarra. Sciarra afirmou, ao término da reunião, que o governo estadual fará uma análise das propostas, mas não deu um prazo para o envio do projeto de lei do reajuste à Casa. “Temos interesse que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível”, disse. Segundo Sciarra, há disposição do governo estadual em chegar a uma proposta de “forma conjunta”. No fim do dia, a assessoria de imprensa da Casa Civil informou que nesta quarta-feira (27) devem haver novidades sobre os estudos de viabilidade das novas propostas.

Servidores da Justiça do Paraná deflagram greve por tempo indeterminado

Sindicato diz que movimento prejudicou serviços em ao menos 69 locais de todo o estado. TJ-PR diz que diálogo está aberto e que questões pendentes serão debatidas no segundo semestre

Leia a matéria completa

Marlei Fernandes, diretora do Fórum de Entidades Sindicais (FES), disse que não há como avaliar previamente a proposta porque ela sequer foi apresentada aos funcionários públicos. “Não tem como debater com a categoria algo que não foi nos colocado oficialmente.” Ela cita a falta de credibilidade do governo com os servidores como outro impasse para a possibilidade de acordos futuros. “O governo ensaia propostas, mas não nos manda oficialmente.”

A diretora, no entanto, antecipa algumas coisas que poderiam entrar no debate caso essa fosse a proposta apresentada. Ela descarta a possibilidade de uma discussão da antecipação da data-base, por exemplo, o que indica maior dificuldade de um acordo ser costurado em torno da segunda proposta. Já sobre a outra proposta, haveria maior chance de chegar a um acordo, desde que o aumento concedido leve em conta a data-base e o pagamento dos meses retroativos. “Não é de fato a proposta que agrada os servidores. Qualquer proposta de parcelamento tem de ficar no âmbito deste ano e tem de ter a garantia de que se vá pagar o que ficar pendente.”

Agricultura

Na terça-feira (26) mais uma categoria aprovou uma paralisação de dois dias em revelia à possibilidade de o governo do estado conceder um reajuste abaixo da inflação aos servidores. Já são seis setores em greve ou com paralisações agendadas (veja no quadro ao lado), sem contar a greve no judiciário estadual, deflagrada nessa terça. A greve na Seab será por tempo determinado e deverá ocorrer entre 2 e 3 de junho. No dia 8 de junho, após o feriado de Corpus Christie, a categoria se reúne novamente para definir se continua ou não a greve.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]