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Paulo Sandoval: quando infecção destrói parte do  pulmão gera complicações | Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Paulo Sandoval: quando infecção destrói parte do pulmão gera complicações| Foto: Fotos: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Orientações

Veja quais sãos os principais sintomas da pneumonia e o que fazer:

O que é

- Infecção no pulmão causada por bactérias, vírus e fungos.

Sintomas

- Os principais são dor torácica e fe­bre. A diferença para a gripe comum é que, na pneumonia, a dor é seme­lhante a "pontadas" quando se res­pira. Além disso há tosse, expecto­ração e dificuldade de respirar.

O que fazer

- Quando houver a menor suspeita de pneumonia, o ideal é procurar um médico imediatamente para iniciar o tratamento. Quanto mais cedo isso ocorrer, maiores as chances de cura. O ideal é procurar um pneumologista.

Tratamento

- Antibióticos, analgésicos e repouso.

Prevenção

- Manter a saúde em dia e se ali­mentar de forma correta. Além disso, higiene e vacina contra a gripe para evitar o contágio com viroses. Apesar de não ser uma "gripe mal curada", com o vírus, a imunidade baixa, facilitando o aparecimento da pneumonia.

Mais informações: www.pulmaosa.com.br

  • Marcelo dos Santos, 23 anos: vida marcada pela pneumonia de repetição

Uma pesquisa divulgada nesta semana mostra que os brasileiros desconhecem a pneumonia. No levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pneumologia, um em cada quatro entrevistados não soube responder quais os sintomas da infecção e 40% disseram não saber a qual médico recorrer. Para especialistas, a falta de informação e o consequente atraso no início da administração da medicação podem explicar parte da alta incidência de mortes pela doença. O alerta ocorre no dia da pneumonia. No país, cerca de 900 mil pessoas são internadas por ano no Sistema Único de Saúde (SUS) e 45 mil morrem devido a este tipo de problema respiratório. A pesquisa "Saúde Respiratória e do Pulmão" entrevistou 2.242 pessoas maiores de 16 anos em 143 municípios.

A pneumonia é uma infecção que atinge o pulmão e é causada por vírus, bactérias ou fungos. Com a infecção, o indivíduo não consegue fazer corretamente a troca de gases no pulmão, o que causa falta de ar, dor torácica, febre alta e expectoração. Geralmente, a letalidade da doença é de cerca de 5%. Mas, com a sua não identificação precoce, a chance de mortalidade aumenta em até 20%.

Segundo o chefe do serviço de pneu­­mologia do Hospital Univer­sitário Cajuru, o médico Paulo Roberto Miranda Sandoval, a letalidade da pneumonia está associada à extensão da infecção e à capacidade de destruição do germe. "Em uma pneumonia simples, após o tratamento, o pulmão me­­lhora e volta ao normal. Mas há casos em que a infecção destrói parte do órgão, gerando complicações."

A infância de Marcelo dos Santos, 23 anos, foi acompanhada por idas ao médico. Ele tem a chamada pneumonia de repetição desde os 10 anos. Hoje a doença está em estágio avançado e ele depende do uso de aparelhos de oxigênio para sobreviver. Santos está internado para que os médicos consigam descobrir porque ele desenvolveu a doença.

As pneumonias mais comuns são causadas pela bactéria pneumococos. De acordo com Sandoval, já existem vacinas para este tipo de infecção, mas ela ainda fica restrita a pessoas com doenças crônicas e idosos. Outra forma de prevenção é manter uma boa condição física, alimentação e hábitos saudáveis. É possível também tomar vacina contra gripe comum, que pode amenizar o risco de contrair pneumonia. Isso porque após gripes, a imunidade baixa, facilitando o surgimento de bactérias e vírus oportunistas. A diretora de ensino da Socie­dade Brasileira de Pneu­mologia, Ana Luísa Godoy, alerta para o momento em que o tratamento deve ser buscado. "Com dor torácica e febre, o ideal é procurar um profissional. É necessário também ficar atento a gripes." O pneumologista e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Marcos Henrique Nasci­mento, coordenador do site Pulmão: S.A, alerta que o ideal é que o paciente procure um médico após tosse e febre alta. No caso de crianças, idosos, fumantes e pessoas com comorbidades o prazo deve ser mais curto, já que eles compõem o grupo de risco.

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