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Após uma paralisação de 44 dias, que envolveu um violento confronto com policiais e o descontentamento de milhares de pessoas com o governo do Paraná, professores da rede estadual e servidores públicos encerraram, dia 9 de junho, a greve da categoria. O período do recesso motivou o atraso nas aulas e fez com que quase um milhão de estudantes matriculados na rede estadual não aproveitassem as férias de julho.

No Colégio Estadual João Mazzarotto (foto), por exemplo, no bairro Capão Raso, os trabalhos com os 900 jovens do 6º ano ao ensino médio, continuam.

Ivonete Costa Carvalho, professora de Português e Educação Física, conta que, após o retorno, um painel com fotos dos protestos tiradas pelos educadores que participaram dos encontros no Centro Cívico e vivenciaram o episódio do dia 29 de abril, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas, foi exposto na escola. “Pudemos explicar aos alunos o que a paralisação representou e incentivamos o debate sobre o fato, para que todos pudessem compartilhar democraticamente as opiniões”, conta ela.

Do Ler e Pensar, eles participam desde 2012 e o uso do jornal em sala de aula é feito para, principalmente, estimular o gosto pela leitura, incentivar a escrita, além de desenvolver a oralidade e o interesse dos alunos por temas do cotidiano.

A João Mazzarotto ainda não conta com um padrinho social para custear o recebimento diário das edições da Gazeta do Povo, por isso, trabalha com exemplares cedidos pelo jornal, que chegam à instituição a cada quinze dias. “Além de abordar questões gramaticais, falamos a eles sobre a diferença entre os gêneros textuais, trabalhamos imagens, fotos, charges e grande parte das disciplinas”, diz Simone Ciconini, professora de Língua Portuguesa do 9º ano.

Ivonete fala que o trabalho com o jornal poderia ser mais efetivo – principalmente para tratar de atualidades com os estudantes que vão prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) – se a consulta às notícias diárias pudesse ser feita pelo site da Gazeta do Povo, por exemplo. “Temos cerca de 20 computadores na sala de informática, mas eles não funcionam. Já fizemos vários pedidos ao Estado para que um técnico venha arrumar, mas, até agora, nada”.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), ainda nesta semana, um profissional capacitado vai à escola avaliar o problema.

Enquanto isso, os esforços dos docentes continuam dentro das possibilidades permitidas. “Somos um grupo muito unido e usamos a criatividade para apresentar novidades aos alunos e estimular ao máximo o conhecimento sobre a realidade em que eles vivem”, conclui Ivonete.

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