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Dos 50 colégios estaduais de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, três seguem com aulas normais e 23 funcionam parcialmente, segundo o Núcleo Regional de Educação. O núcleo de Ponta Grossa atende 114 escolas em 11 municípios. Nas demais cidades, há cerca de 15 escolas funcionamento totalmente. Segundo a direção da APP-Sindicato, há 80% de adesão à greve na cidade.

No Colégio Estadual Maestro Bento Mossurunga, no bairro de Oficinas, 98% dos alunos estão comparecendo às aulas, segundo o diretor auxiliar Adenilson Ribeiro Mantuani. Os estudantes ausentes foram informados pela direção por telefone de que as aulas seguem normalmente. “Só quatro professores estão faltando”, conta. A instituição atende 400 alunos.

O Colégio Estadual Professor Júlio Teodorico, no centro da cidade, que atende cerca de 700 estudantes, funciona parcialmente há duas semanas nesta greve. Dos 30 professores que trabalham no período da tarde, 17 estão comparecendo. No período da manhã, 18 estão dando aulas e 12 participam da greve. Segundo a diretora, Maria Lídia Mathias Döll, 80% dos alunos assistem às aulas, mas os ausentes não estão levando faltas. A direção tem tomado algumas medidas para não deixar estudantes ociosos no colégio. “Quando concentra um grande número de aulas com professores que estão parados, enviamos um bilhete aos pais para não mandarem os alunos”, explica.

A direção do Colégio Estadual Regente Feijó informou os estudantes na terça-feira de que as aulas seriam retomadas ontem (27), pois parte dos professores voltou ao trabalho. Em algumas instituições, poucos professores têm cumprido carga horária, mas os estudantes não comparecem. No Colégio Estadual Polivalente, apenas 50 alunos vão às aulas à tarde e nenhum pela manhã, conta o diretor, Roberto Mainardes.“O período que mais têm aulas é à noite”, diz.

”Aulões da greve”

Desde terça-feira (26), 28 professores grevistas estão realizando “aulas da greve” diariamente em Ponta Grossa. Segundo a professora de Geografia Juliane de Souza, integrante do projeto, 30 alunos têm comparecido às aulas que acontecem às 9 e às 19 horas no Sindicato dos Comerciários, no centro da cidade, e há mais de 40 professores interessados em colaborar. A iniciativa partiu dos professores já na paralisação anterior, mas só agora eles conseguiram um espaço para a realização das aulas. “Nós queremos trabalhar. O problema é que não estamos conseguindo, pois o governo não faz acordo. Queremos mostrar para a comunidade que somos a favor dos alunos e da educação”, diz. A divulgação das aulas solidárias têm acontecido via redes sociais.

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