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Com pouco mais de um mês de atividade, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o furto de R$ 727.620 do programa Mercado da Família em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, começou nova fase de trabalho. A CPI também vai analisar os contratos de fornecimento para verificar se houve superfaturamento e desvio de mercadorias. O prazo para a conclusão das investigações é 23 de maio.

Até agora foram ouvidas seis pessoas que trabalham na Secretaria Municipal de Abastecimento, onde o dinheiro foi retirado, incluindo os dois diretores financeiros envolvidos nos furtos, exonerados em dezembro, e o ex-secretário de Abastecimento da cidade. Outros funcionários que tinham contato com os valores também vão depor.

Os furtos aconteceram entre 2013 e 2014. O dinheiro vinha das unidades do programa e ficava em um cofre na sala da Secretaria. A CPI teve acesso a um vídeo feito com câmera escondida que mostra um dos diretores financeiros da Secretaria retirando dinheiro do cofre e colocando sob a roupa no dia 19 de novembro do ano passado.

No período da ocorrência dos furtos, não havia controle rigoroso dos recursos. “Ficou constatado que era comum haver entre 400 e 700 mil reais em espécie no cofre”, diz o presidente da CPI, vereador Izaías Salustiano (PSDC). Segundo a Secretaria, agora todos os depósitos estão sendo feitos no dia e com a presença da Guarda Municipal. Também foi iniciado o processo licitatório para contratar sistema de débito nas lojas do Mercado da Família.

O programa Mercado da Família, que fica sob responsabilidade da Secretaria de Abastecimento, comercializa 166 produtos de primeira necessidade com preços mais baixos do que em mercados convencionais em sete pontos da cidade. As 36.440 famílias cadastradas têm renda universal de até 2,5 salários mínimos por mês, e fazem as compras com cerca de 20% de economia. Além disso, a Secretaria faz repasses mensais para o Serviço de Obras Sociais, que encaminha os produtos para entidades sociais cadastradas na prefeitura.

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