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Humberto Cabral criou um processo inovador de reciclagem a partir de madeira descartada pelas indústrias e foi copiado pelo Brasil todo | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Humberto Cabral criou um processo inovador de reciclagem a partir de madeira descartada pelas indústrias e foi copiado pelo Brasil todo| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
  • A partir de uma necessidade própria, Leonardo da Silva desenvolveu aparelhos inovadores que facilitam o trabalho de fisioterapeutas e esportistas

"Todo problema pode ser uma grande oportunidade para se ganhar dinheiro." É dessa maneira que o empresário Humberto Cabral resume o poder da inovação. Em 1988, ele criou em Curitiba uma empresa que produz embalagens industriais de madeira para o mundo inteiro. "Nós fomos pioneiros ao desenvolver e viabilizar um processo inovador de reciclagem de embalagens descartadas pelas indústrias. Isso foi copiado pelo Brasil todo", afirma.

A empresa de Cabral promove o desenvolvimento sustentável, com autoagregação de valor por usar madeira reciclada. A reciclagem otimiza o aproveitamento dos recursos naturais, transformando embalagens descartadas em matéria-prima e produtos agregados. "Para ser inovadora, uma ideia tem de gerar lucro, seja ele ecológico, social ou financeiro. Melhor ainda se gerar os três", avalia.

O empresário começa a investir agora em novas ideias, mas ainda movido pela sustentabilidade. Ele criou um projeto, que foi aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para construção de casas de madeira. "É uma tecnologia sustentável avançada, que produz casas com qualidade e desempenho superiores às convencionais. Além disso, a madeira é o único material de construção renovável." Atual-mente 90% das casas canadenses e suecas, e mais de 75% das americanas utilizam o sistema, chamado wood frame. "Nós pegamos uma boa ideia e adaptamos à metodologia brasileira. Inovar nem sempre é inventar algo que ainda não foi pensado. É saber como adaptar a ideia a outra necessidade", explica Cabral.

Muitas vezes, uma boa ideia surge de uma necessidade própria. Há 12 anos, quando ficou tetraplégico, o empresário Leornado Ro­­drigues da Silva desenvolveu um sistema eletroestimulador, que controla o movimento do músculo através de choques. O projeto de Leo­nardo, feito durante o mestrado em Engenharia Biomédica, foi bem aceito em congressos internacionais. "Um dos maiores especialistas no assunto ficou impressionado com meu projeto e isso me incentivou a criar a empresa para desenvolvê-lo comercialmente", diz.

A empresa foi montada na Incubadora Tecnológica de Curitiba e passou a desenvolver aparelhos inovadores que facilitam o trabalho de fisioterapeutas, educadores físicos, esportistas e, principalmente, ajudam nas terapias de reabilitação. O produto mais recente desenvolvido pelo empresário é um equipamento que aponta erros de má postura na prática esportiva.

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