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Mais ônibus, menos aperto -Realizar o trajeto entre a casa e o trabalho em um ônibus cheio faz parte da rotina da atendente de cartório Caroline Aparecida da Silva (à esq. na foto). Assim como milhares de curitibanos que utilizam o sistema de transporte coletivo, ela enfrenta filas nas estações tubo durante os horários mais movimentados do dia. Na torcida para que o problema acabe, ela sugere ônibus maiores, que acomodem mais passageiros. “O intervalo entre os ônibus, que é de seis minutos, também poderia ser menor”, diz | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
Mais ônibus, menos aperto -Realizar o trajeto entre a casa e o trabalho em um ônibus cheio faz parte da rotina da atendente de cartório Caroline Aparecida da Silva (à esq. na foto). Assim como milhares de curitibanos que utilizam o sistema de transporte coletivo, ela enfrenta filas nas estações tubo durante os horários mais movimentados do dia. Na torcida para que o problema acabe, ela sugere ônibus maiores, que acomodem mais passageiros. “O intervalo entre os ônibus, que é de seis minutos, também poderia ser menor”, diz| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

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Prefeito garante investimentos e obras

Diante da demanda crescente por mais serviços em diversas áreas, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, afirma que o poder público está em busca de melhorias. Fazem parte das prioridades a preservação e o cuidado com o meio ambiente. "Estamos investindo em biocombustível para os ônibus do transporte coletivo e criando novos espaços verdes", diz. A prefeitura também está viabilizando recursos para o desassoreamento de lagos e a despoluição de rios, de acordo com Ducci.

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  • Segurança compartilhada -Para afastar os assaltantes da Rua Neusa de Fátima, no bairro Pinheirinho, os moradores investiram em sirenes e câmeras de segurança. Os equipamentos estão espalhados pela via e entram em ação quando os moradores sentem que estão em perigo. Mais de 70 casas aderiram à proposta na região e a iniciativa deu certo.
  • Por rios mais limpos -A demanda pela despoluição dos rios faz com que várias pessoas se unam em busca de melhorias. César Paes Leme, por exemplo, preside a Associação de Moradores e Amigos do São Lourenço e, juntamente com integrantes do grupo Patrulha Ambiental, fica de olho em qualquer problema que pode afetar o Rio Belém, um dos mais poluídos de Curitiba. Leme imediatamente avisa a administração municipal para tomar as providências necessárias. O grupo conseguiu reduzir significativamente a poluição no rio e percebeu que os cuidados se refletem na qualidade de vida da população
  • Veja o resultado da pesquisa sobre o que o curitibano acha da cidade
  • Veja o que o curitibano espera do futuro nas diferentes áreas

A maioria dos curitibanos considera boa ou ótima a qualidade de vida que tem em Curitiba e, mesmo se pudesse, não trocaria a cidade por nenhum outro lugar. Este é o resultado de um levantamento do instituto Paraná Pesquisas com 525 moradores feito a pedido da Gazeta do Povo. Apesar da admiração, principalmente pela área verde existente na cidade, a maioria das pessoas sabe que a capital precisa melhorar em vários segmentos.

Para 39% dos entrevistados, o que mais incomoda em Curitiba é a violência e o tráfico de drogas. A taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes da cidade é a sexta mais elevada entre as capitais brasileiras, de acordo com o Mapa da Vio­lência, feito pelo Ministério da Justiça e pelo Instituto Sangari, com índices de 2008. Curitiba registra 56,5 homicídios a cada 100 mil habitantes.

No levantamento do Paraná Pesquisas, os moradores apontaram o que esperam para o futuro em cada área. Para o combate à violência, 29% sugerem mais policiamento ostensivo. Para o trânsito, 33% pediram ônibus menos lotados. Com relação à educação, 19% querem mais vagas em creches, e 32% mais hospitais, postos e médicos na área da saúde.

Análise

O resultado apontou mudanças na percepção da po­pulação, segundo especialistas. "O que mais chama a atenção é a questão do transporte coletivo. Uma década atrás, este seria considerado o ponto mais positivo. No entanto, foi apontado como um problema", conta o diretor do Pa­­raná Pesquisas, Murilo Hidalgo de Oliveira. Outro ponto que chamou a atenção de Oliveira foi o número de pessoas que trocariam Curitiba por outra cidade. "Pouco mais de 30% dos entrevistados afirmaram isso. É um número que eu considero alto para uma cidade que se diz modelo."

De acordo com o professor do mestrado e doutorado em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Carlos Hardt a concepção do sistema de transporte coletivo de Curitiba ainda é tida como referência internacional, mas precisa ser aprimorada. "Os investimentos dos últimos anos trataram muito pouco da qualidade do serviço porque priorizaram a capacidade. O aumento da demanda tornou o sistema ineficiente em alguns momentos."

O que o curitibano mais aprova na cidade são os parques e a área verde. Com um dos maiores índices de área verde do país – 52,5 metros quadrados por habitante – e 19 parques públicos, Curitiba tem uma peculiaridade, de acordo com Hardt. "As pessoas abraçaram essa intervenção da prefeitura e realmente fazem uso das áreas verdes. Em muitas cidades são feitos grandes investimentos em parques e as pessoas não compram a ideia."

Segundo o sociólogo Ricardo Cos­­ta de Oliveira, professor da Universidade Federal do Paraná, a imagem da capital é muito ligada ao transporte coletivo e ao meio ambiente, mas isso começa a mu­­dar. "Existe um marketing forte para esses dois pontos, mas a pes­quisa mostra que parte da população não tem uma imagem positiva do transporte coletivo."

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Interatividade

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