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Entusiasta de Curitiba e do jeito de ser do curitibano, Dante Mendonça já escreveu sete livros sobre o tema | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Entusiasta de Curitiba e do jeito de ser do curitibano, Dante Mendonça já escreveu sete livros sobre o tema| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo
  • Frumento e Sampaio na pastelaria que homenageia a capital

Quando o engenheiro de telecomunicações e blogueiro Washington Takeuchi se mudou para Curitiba, os empresários João Frumento e Lincoln Sampaio já estavam morando aqui. Nascidos respectivamente em Paranaguá e Nova Esperança, os dois se tornaram amigos na capital e, da amizade que já leva três décadas, surgiu a Pastéis de Curi­­­tiba, rede de pastelaria temática inaugurada em setembro do ano passado na esquina da Ermelino de Leão com a Cândido Lopes. No lo­­­­­cal, tudo remete à cidade, desde as opções do cardápio até a decoração. Fotografias em preto e branco, miniaturas dos ônibus biarticulados e livros sobre Curitiba dividem o espaço com placas de rua em tamanho original, sinalizando pontos conhecidos como a Rua da Cidadania e a Biblioteca Pública. "A ideia é fazer dessa esquina um lugar para ouvir e contar histórias de Curitiba. Estamos preparando uma parede dedicada às celebridades locais e, em breve, serviremos o pastel Curitiba, que levará ingredientes típicos como o pinhão", revela a dupla. Para acompanhar a iguaria, nada melhor que uma gasosa Cini, tradicional da cidade há mais de 100 anos, ou um café (frise-se Damasco) coado e servido no copo martelinho.

O desejo de abrir a pastelaria surgiu quando Lincoln provou a famosa sobremesa portuguesa durante uma viagem àquele país. "Se lá existem pastéis de Belém, por que não criarmos aqui os pastéis de Curitiba?", questionou o empresário. A ideia agradou ao amigo.

Os de fora

Entre os curitibanos que não nasceram em Curitiba, além de João, Lincoln, Wa­­­shington e mais da metade da população, está o cronista e escritor Dante Mendonça. O catarinense de Nova Trento chegou aqui aos 18 anos para servir o exército. "Em 1970, a capital vivia uma grande transformação urbanística e cultural, com a inauguração do Teatro Paiol e do Guairão. Eu era jovem e minha vida mudou em uma cidade que também estava mudando", lembra o autor do livro Curitiba, melhores defeitos, piores qualidades. Ocupante da cadeira número 01 da Academia Paranaense de Letras, Dante tem mais seis títulos dedicados a especular a terra dos pinheirais e seus habitantes, entre eles dois volumes de piadas: um para sacanear atleticanos e, outro, coxas-brancas. Fundador da Banda Polaca, um dos blocos carnavalescos mais famosos da cidade, ele sonha em escrever um dicionário afetivo de Curitiba. "Só vão ter verbetes que representam nossas raízes, como a Churrascaria do Erwin e a Casa Edith", promete.

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