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Túmulo de Maria Bueno recebe centenas de visitas todos os anos | Marco Andre Lima / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Túmulo de Maria Bueno recebe centenas de visitas todos os anos| Foto: Marco Andre Lima / Agência de Notícias Gazeta do Povo

A loira fantasma

A história era muito narrada nos anos 1970. Diz que Lurdes, loira e muito bonita, morava em Curitiba e, certa vez, resolveu sair tarde da noite, por isso decidiu pegar um táxi.

O problema é que o taxista era psicopata tarado e decidiu levar a loira para o matagal. Estuprou e matou a moça. O que ele não sabia, contudo, é que a loira pertencia a uma seita de magia. Então, o espírito da loira começou a rondar pela cidade. Uma noite, uma mulher de capa preta pediu ao mesmo taxista para parar. Ela entrou no carro com o rosto coberto e solicitou a ele para se dirigir ao Cemitério Municipal. Ao chegar lá, ela teria dito: "pode me deixar aqui, minha morada é um túmulo decente. Mas, gostaria que fosse diferente." O taxista, sem entender, reconheceu a moça quando ela mostrou o rosto. Ele teve um ataque de asma, que o matou asfixiado.

Dizem que a loira continuou assombrando vários taxistas da cidade.

O pirata do bairro Mercês

Em 1840, um misterioso inglês veio morar em Curitiba, no bairro chamado Sítio do Mato, hoje Mercês. O nome dele era Zulmiro e tinha perna-de-pau e dentes de vampiro. Ele teria cometido maldades na Inglaterra, por isso veio para cá. Dizem que ele tinha um mapa de um tesouro que ele escondeu nos subterrâneos das Mercês. Ele morreu, mas a crença é de que o fantasma do pirata aparece até hoje, toda sexta-feira em noite de lua cheia, na calada da noite. O tesouro e o mapa nunca foram encontrados.

Maria Bueno, a santa

Ela era de Morretes. Por ter sido a sétima filha a nascer, na crença popular, dizem, teria poderes paranormais. Quando jovem, Maria Bueno decidiu entrar para o convento, mas foi expulsa. Mandaram-a, então, a Curitiba para cuidar de um casal de idosos. Só que os velhinhos morreram e Maria teve de trabalhar de lavadeira. O dinheiro, porém, não dava para comprar muita coisa, por isso ela decidiu ganhar a vida num bordel. Um soldado se apaixonou por ela e a proibiu de trabalhar ali, mas ela não aceitou. Acabou morta de forma cruel (degolada). O soldado, depois, também fora degolado, por Gumercindo Saraiva. Hoje Maria é tida como a santa do povo e está enterrada no Cemitério Municipal.

Na mansão do Batel

Em 1950, uma mulher muito bonita pegou um táxi para percorrer vários lugares da cidade. Depois, ordenou ao taxista que se dirigisse para uma mansão no Batel. Ela entrou na casa e pediu que o motorista esperasse do lado de fora, pois havia esquecido a carteira e iria pegá-la. O taxista, enquanto esperava, notou uma movimentação dentro da mansão. Aguardou meia hora e, em seguida, resolveu procurar a mulher. Bateu na porta e ninguém atendeu. Entrou na casa e notou que havia muitas pessoas em um velório. O motorista ficou procurando a cliente entre as pessoas que estavam ali. Ele aproveitou e deu uma olhada no caixão. O defunto era a mesma mulher que, pouco tempo antes, estava dentro do táxi.

Capa preta

Um homem dançou a noite inteira com uma morena num baile. Na hora de deixá-la em casa, esqueceu uma capa preta com ela. No dia seguinte, foi buscar o acessório, quando foi recebido pelos pais da garota. Eles informaram que a mulher estava morta há muito tempo e mostraram uma fotografia. Era exatamente a mesma pessoa com quem ele tinha dançado. Não satisfeito, foi acompanhado dos pais da morena até o cemitério onde ela está enterrada, no São Francisco de Paula. A capa preta estava em cima do túmulo.

Fundação de Curitiba

Havia uma imagem de Nossa Senhora da Luz na capela do primeiro vilarejo de Curitiba, a Vilinha, ainda às margens do Rio Atuba. Todas as manhãs, essa imagem se voltada para a mesma direção (não adiantava mudar a santa de posição porque ela se virava para aquele lugar). Interpretando como uma vontade de Nossa Senhora de criar uma cidade naquele lugar, foi feito o contato com o cacique dos índios tingui, o Tindiquera, que ficava no espaço para onde a santa olhava. Este teria colocado uma vara no chão, dizendo "Coré Etuba", que significaria "muito pinhão". Essa vara teria brotado e virado uma frondosa árvore, sendo este o marco zero da cidade de Curitiba.

A grávida da Praça da Ucrânia

Dizem que nas sextas-feiras uma mulher grávida ia passear com o seu marido na feira de comidas da Praça da Ucrânia. Numa noite muito fria, ela chegou em uma barraca e pediu um sanduíche de mortadela. Enquanto esperava o seu lanche, um motoqueiro apareceu e começou a atirar em todos os presentes. Uma das balas atingiu a mulher, que morreu na hora.

Agora, toda sexta-feira, na Praça da Ucrânia, aparece uma grávida muito misteriosa que, como morreu sem comer seu sanduíche, pede para alguém comprar um para ela.

Fontes: A casa do contador de Histórias e livros "Lendas e Contos Populares do Paraná" e "Lendas e Tradições do Paraná."

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