Erva-mate - O ouro verde do Paraná

Alfredo Andersen. Óleo sobre tela. Acervo Museu Oscar Niemeyer

A planta que fez um estado prosperar

Reportagem: Pollianna Milan e Leandro dos Santos.

Pesquisa: Leandro dos Santos.

Brasão do estado do Paraná, em uma versão de Alfredo Andersen de 1910. Junto ao ramo do pinheiro encontra-se o ramo da erva-mate, na natureza as duas plantas viviam no mesmo ambiente. O brasão faz parte do acervo do Departamento Estadual de Arquivo Público do Paraná.

Qual é a árvore-símbolo do Paraná? A araucária, certamente, será a primeira resposta. O pinheiro ganhou tanta importância que está presente no brasão e na bandeira do estado. Contudo, atente para o ramo de outra planta que faz par com a araucária: é a erva-mate. Ambas são nativas daqui e dividem o mesmo espaço. A erveira cresce à sombra dos frondosos galhos do pinheiro. Um dos ciclos econômicos mais vigorosos do Paraná foi protagonizado pela erva-mate.

Muito antes de se falar em “desenvolvimento sustentável”, a técnica de extração ervateira já aplicava princípios da atividade de baixo impacto ambiental. Não exigia a derrubada da mata fechada. Pelo contrário, a erva de melhor qualidade não é a que vem de extensas plantações. A mais saborosa e suave é aquela cultivada à sombra de árvores nativas. Ela faz parte da nossa história sem virar artigo do passado. Continua em vários lares, graças aos inúmeros benefícios e usos. A Gazeta do Povo convida você, leitor, a mergulhar na epopeia da erva-mate no Paraná!

Sapeco da erva-mate, sem data. Alfredo Andersen. Óleo sobre tela, 60,5 x 90 cm. Acervo Museu Oscar Niemeyer
Sapeco da erva-mate, sem data. Alfredo Andersen. Óleo sobre tela, 60,5 x 90 cm. Acervo Museu Oscar Niemeyer