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O reitor Eleazar Ferreira chora: “É omissão do estado e ninguém faz nada” | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
O reitor Eleazar Ferreira chora: “É omissão do estado e ninguém faz nada”| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Londrina - Um universitário de 26 anos foi morto na noite da segunda-feira durante um assalto nas proximidades do Centro Universitário Filadélfia (Unifil), no Centro de Lon­­drina. Segundo a Polícia Militar, Wagner Cardoso Farias saía da aula quando foi abordado por três homens, um deles armado, que pediram as chaves de seu veículo, um Golf. O estudante reagiu e levou um tiro no tórax.

De acordo com o tenente da PM Ricardo Eguedis, mesmo baleado Farias correu para o pátio do Centro Universitário, onde caiu. Um dos assaltantes o seguiu e tomou a chave do veículo. Os três entraram no carro e fugiram.

O reitor da Unifil, Eleazar Ferrei­­ra, qualificou o assassinato como "mais um caso de omissão" na segurança pública. "Para mim, é omissão do estado e ninguém faz nada", desabafou. Em entrevista coletiva, Ferreira disse que vai tentar se encontrar com o governador Orlan­do Pessuti para pedir a criação de uma patrulha universitária. Se­­gun­do ele, a polícia só chega 30 minutos depois de ser acionada quando há furtos de carros na região.

O reitor disse que na Unifil não há câmeras externas que possam ter flagrado a ocorrência. "Temos 13 homens com rádios de comunicação para reforçar o monitoramento nas ruas em volta, mas eles não têm poder de polícia. Eles não perceberam nada porque era o horário do movimento da saída", afirmou. No final da entrevista, o reitor chorou, afirmando que "todos estão muito chocados". A Unifil se comprometeu a apoiar a família e suspendeu as aulas ontem. Os 5,5 mil alunos da instituição devem voltar hoje às aulas.

O investigador-chefe da delegacia de Furtos e Roubos de Londrina, José Márcio Ilkiu, disse que a polícia já tem informações a respeito dos suspeitos. "Em casos como esse o fator surpresa é sempre do bandido, que está armado. Acon­selhamos a entrega do bem material, pois a polícia tem meios de investigar e encontrar o carro, por exemplo", disse ele.

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