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 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Os estudantes do campus Curitiba do Instituto Federal do Paraná (IFPR) fecharam, às 12h40 desta quinta-feira (20), a Rua João Negrão, no trecho que fica em frente ao prédio do instituto, entre as avenidas Iguaçu e Getúlio Vargas, no Rebouças. Os alunos protestam contra a MP 746 (que trata da reforma do ensino médio) e a PEC 241 (do teto dos gastos do governo federal). Agentes da Setran orientavam o trânsito no local, que é desviado pela Avenida Iguaçu. Até às 13h50 os estudantes ainda não haviam liberado as pistas.

De acordo com a organização do movimento, cerca de 200 estudantes participam da manifestação. Além de carregar faixas e cartazes, os alunos gritaram palavras de ordem para expressar sua posição contrária a MP e a PEC propostas do governo federal.

“Nosso objetivo é ir para a rua para dar visibilidade à nossa pauta”, explica a presidente do grêmio estudantil, Virginia Witte.

Aluno do terceiro ano do ensino médio, Henrique Salmon acrescenta que a mobilização é uma alternativa à ocupação – em assembleia realizada na última terça-feira (18), os estudantes decidiram por não ocupar o prédio – e uma maneira de os alunos manifestarem que não aceitam o que o governo federal, na opinião dele, está fazendo com a educação.

“A MP e a PEC irão piorar muito a qualidade da educação. Eu não posso pensar só em mim, mas também nas próximas gerações, para que elas possam ter uma educação pública de qualidade.”

Salmon, que vai fazer o Enem neste ano, diz que não tem medo de ser prejudicado pela possibilidade de adiamento do exame nas escolas ocupadas, como anunciou o Ministro da Educação, Mendonça Filho, em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (19).

Apoio

Alguns professores e o diretor geral do IFPR – campus Curitiba, Adriano Willian da Silva, acompanharam a movimentação dos estudantes. Segundo ele, os professores da instituição aprovaram em uma assembleia realizada na quarta-feira (19) a redução do tempo de aula de 50 minutos para 30 minutos, para que os alunos possam debater as medidas propostas pelo governo federal.

Silva acrescenta que os professores também decidiram pela paralisação das atividades do campus nos dias 24 e 25 de outubro. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná (Sindiedutec), Nilton Brandão, disse que está marcada para o dia 01 de novembro (no campus Curitiba do IFPR) uma assembleia envolvendo todos os campi do instituto no estado para discutir o avanço dessas questões e a possibilidade de uma greve geral na instituição.

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