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Total de horas de exercício é mais relevante que modo como é feito. |
Total de horas de exercício é mais relevante que modo como é feito.| Foto:

Especialistas em saúde e bem-estar há muito descrevem os “atletas de fim de semana” sob uma luz meio negativa. O termo é aplicado para indivíduos que se exercitam com irregularidade, talvez apenas em sessões intensas nos fins de semana. Eles dão avisos sobre os riscos de distensões musculares ou de possibilidades ainda piores , como acabar infartando. Atleta de fim de semana era mais ou menos sinônimo de “idiota”.

Mas não é mais assim. Um novo estudo mais amplo publicado no periódico J AMA Internal Medicine revelou grandes benefícios de redução de mortalidade para todos os tipos de atletas de fim de semana.

Aqueles que se exercitavam apenas uma ou duas vezes por semana tinham uma taxa de mortalidade 30% menor (durante o período abrangido pelo estudo, entre 1994 e 2012) do que aqueles que não praticavam nenhum tipo de exercício. Apesar de sua infrequência, esses indivíduos excediam os 150 minutos por semana de exercício de moderado a vigoroso recomendados pelas organizações mundiais e norte-americanas de saúde. Nesse quesito, seus bons resultados deveriam ter sido esperados já.

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“Ficamos surpresos ao descobrir que a mortalidade cardiovascular e por câncer caía entre os atletas de fim de semana”, disse o coordenador da pesquisa, Gary O’Donovan, da Loughborough University, na Inglaterra. “É interessante também que descobrimos que os benefícios se aplicam igualmente a homens e mulheres”.

Outro subgrupo de 63 mil participantes, chamados de “praticantes de exercício insuficiente”, se saíram tão bem quanto os atletas de fim de semana.

Os “insuficientes” acumularam apenas 60 minutos de exercício por semana, menos de metade do recomendado. Porém, ainda assim, eles colheram os benefícios de um índice de mortalidade 31% menor em relação a quem não faz nenhum exercício.

Amostragem

O estudo teve como base mais de 63 mil adultos ingleses e escoceses com idade média de 58 anos. Equipes de pesquisa do Reino Unido, da Austrália e, nos EUA, da Harvard University, colaboraram para a análise.

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